Investimentos estrangeiros no Brasil ficam em US$ 9 bilhões em fevereiro, mostra BC

Em um ambiente de incertezas sobre o futuro do Brasil, na esteira da pandemia do novo coronavírus, os Investimentos Diretos no País (IDP), ou investimentos estrangeiros, somaram US$ 9,007 bilhões em fevereiro, informou nesta sexta-feira (26) o Banco Central (BC). No mesmo período do ano passado, esse montante havia sido apenas de US$ 2,580 bilhões.

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O resultado ficou bem acima das estimativas do mercado, que iam de US$ 4,180 bilhões a US$ 7,000 bilhões, com mediana de US$ 6,400 bilhões. Pelos cálculos do Banco Central, o IDP de fevereiro indicaria entrada de US$ 6,5 bilhões.

No acumulado do ano até fevereiro, o ingresso de investimentos estrangeiros destinados ao setor produtivo somou US$ 10,845 bilhões. A estimativa do BC para este ano é de um IDP de US$ 60 bilhões. Este valor foi mantido no último Relatório Trimestral de Inflação (RTI), publicado na quinta-feira (25).

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No acumulado dos 12 meses até fevereiro deste ano, o saldo dos investimento estrangeiros ficou em US$ 39,778 bilhões, o que representa 2,75% do Produto Interno Bruto (PIB).

Investimentos estrangeiros em ações é destaque

Os investimentos estrangeiros em ações brasileiras ficou positivo em US$ 570 milhões em fevereiro, informou o Banco Central. Em igual mês do ano passado, o resultado havia sido negativo em US$ 4,428 bilhões.

No acumulado do ano até fevereiro, o saldo ficou positivo em US$ 5,228 bilhões.

Já os investimentos estrangeiros líquidos em fundos de investimentos no Brasil ficou positivo em US$ 251 milhões em fevereiro. No mesmo mês do ano passado, eles haviam sido negativos em US$ 112 milhões. No acumulado do ano até fevereiro, os fundos registram entradas líquidas de US$ 243 milhões.

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O saldo de investimento estrangeiro em títulos de renda fixa negociados no País ficou positivo em US$ 2,765 bilhões em fevereiro. No mesmo mês do ano passado, havia ficado positivo em US$ 1,137 bilhão. No ano, o saldo em renda fixa ficou negativo em US$ 4,312 bilhões.

Taxa de rolagem

O Banco Central informou que a taxa de rolagem de empréstimos de médio e longo prazos captados no exterior ficou em 138% em fevereiro. Esse patamar significa que houve captação de valor em quantidade mais do que suficiente para rolar compromissos das empresas no período.

O resultado ficou abaixo do verificado em fevereiro do ano passado, quando a taxa havia sido de 196%.

De acordo com os números apresentados nesta sexta-feira pelo BC, a taxa de rolagem dos títulos de longo prazo ficou em 145% em fevereiro. Em igual mês de 2020, havia sido de 139%. Já os empréstimos diretos atingiram 136% no mês passado, ante 268% de fevereiro do ano anterior.

No ano até fevereiro, a taxa de rolagem total ficou em 120%. Os títulos de longo prazo tiveram taxa de 250% e os empréstimos diretos, de 94% no período.

O saldo dos investimentos estrangeiros e a taxa de rolagem são divulgados mensalmente pelo Banco Central do Brasil

(Com Estadão Conteúdo)

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Vitor Azevedo

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