Dólar tem alta, a R$ 5,65, com mercado atento ao possível aumento do auxílio
O dólar permanece em alta na tarde desta quinta-feira (25), com o mercado atento ao relatório do Banco Central (BC) afirmando que a volatilidade do câmbio está acima do nível histórico e com o desdobramento do auxílio emergencial.
Por volta das 14h50, o dólar tinha alta de 0,62%, negociado a R$ 5,65. Na máxima do dia, às 10h, a moeda norte-americana chegou a ser cotada R$ 5,68.
Segundo o Relatório de Inflação, divulgado pelo (BC) hoje, a volatilidade do dólar está num patamar maior do que o seu nível histórico. No documento é notório que a volatilidade teve um aumento significativo a partir de março de 2020, início da pandemia no Brasil.
O aumento na taxa de dólar contribuí para maior incerteza macroeconômica, prejudicando a formação de expectativas dos agentes econômicos em relação ao futuro da economia e a condução de políticas públicas.
Conforme apontou o relatório, um câmbio volátil desincentiva investimentos externos e prejudica importadores e exportadores ao dificultar o planejamento dos agentes econômicos.
Nesta terça, o que pressiona o dólar, segundo o analista técnico da Ativa Investimentos, Marcio Loréga, é a carta dos governadores que pedem aumento do auxílio emergencial.
“A carta do auxílio emergencial gera receio de desequilíbrio fiscal do Brasil, então o mercado está atento ao que o governo vai resolver” disse Lórega.
Em carta aos presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), governadores de 16 estados pedem que o Congresso disponibilize recursos necessários para que os valores da nova rodada do auxílio emergencial sejam superiores aos estabelecidos pelo governo federal em medida provisória, de R$ 175, R$ 250 e R$ 375.
Os governadores defendem que a reedição do auxílio emergencial a vulneráveis na pandemia repita a quantia mensal de R$ 600 e os critérios de acesso adotados nos oito desembolsos feitos em 2020.
“Se acontecer um aumento maior, ou seja, se for para R$ 600, pode ter que ser gerado uma nova PEC para evitar novamente a aquela questão de descumprir o Orçamento, isso geraria um receio muito grande e mais incertezas seriam somadas”, apontou o analista.
Terceira onda de covid e AstraZeneca baixa eficácia da vacina para 76%
No mundo, os investidores acompanham o avanço da terceira onda de covid-19 na Europa e também o novo anúncio da vacina da AstraZeneca de eficácia de 76%.
O número é ligeiramente menor que os 79% divulgados na última segunda-feira (22). Os resultados mostram que a vacina é 85% eficaz nos adultos acima dos 65 anos. O imunizante ainda tem 100% de eficácia na prevenção do desenvolvimento de um quadro grave da covid-19.
Já os hospitais da Hungria estão sofrendo uma pressão “extraordinária” pelas crescentes infecções do novo coronavírus, já que o país se tornou um foco da terceira onda da pandemia que atinge a Europa Central com dureza excepcional.
Especialistas atribuem o fenômeno à disseminação da variante mais contagiosa do vírus, encontrado primeiramente no Reino Unido, que responde pela maioria dos casos relatados agora e infecta famílias inteiras.
Última cotação do dólar
Na última sessão, quarta-feira (23), o dólar encerrou em forte alta de 2,25%, negociado a R$ 5,64.