Dólar reverte alta da abertura e tem queda de 0,4%, negociado a R$ 5,49

O dólar reverte a alta que havia registrado na manhã desta terça-feira (23) e apresenta queda. Após a véspera turbulenta com os mercados emergentes reagindo as mudanças do Banco Central da Turquia, o investidor brasileiro mantém o foco na divulgação da ata do Comitê de Política Monetária (Copom).

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Por volta das 14h50, o dólar tinha queda de 0,44%, negociado a R$ 5,491. O mercado local acompanha o documento da última reunião do colegiado em que ficou decidido o aumento da taxa básica de juros (Selic) em 0,75%, portanto, saindo de 2,00% para 2,75%.

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A decisão de elevar em 0,75% surpreendeu os especialistas que esperavam algo em torno de 0,25% a 0,75%. Além do aumento, o BC sinalizou a elevação da mesma magnitude na próxima reunião, nos dias 4 e 5 de maio.

“Desta forma, o documento tem o desafio de explicar suas razões após a curva de juros ter sido bastante intensa em meio ao cenário de risco”, disse a economista-chefe do Banco Ourinvest, Fernanda Consorte.

A ata do Copom indica que o cenário atual já não prescreve um grau de estímulo extraordinário. O BC decidiu iniciar um processo de normalização parcial, reduzindo o grau extraordinário do estímulo monetário. Embora a alta nos juros fosse dada como certa pelo mercado, a maior parte dos analistas esperava uma elevação menor

Na avaliação do Copom, no entanto, uma estratégia de ajuste mais célere do grau de estímulo tem como benefício reduzir a probabilidade de não cumprimento da meta para a inflação deste ano, assim como manter a ancoragem das expectativas para horizontes mais longos.

Exterior acompanha economia dos EUA

Já no exterior, o investidor acompanha as declarações do presidente do BC dos EUA, Jerome Powell, ao passo que observam uma terceira onda de contaminações pelo covid-19 na Europa.

Na tarde da última segunda-feira (22), o presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, disse que a economia ainda está longe de se recuperar — mesmo com o temor pela volta da inflação.

“A recuperação progrediu mais rapidamente do que geralmente se esperava e parece estar se fortalecendo, (…) mas está longe de ser completa. Então o Fed continuará a fornecer à economia o apoio de que ela precisa pelo tempo que for necessário”, disse o chairman perante o Comitê de Serviços Financeiros da Câmara.

Última cotação do dólar

Na última sessão, segunda-feira (22), o dólar encerrou o pregão em alta de 0,59%, negociado a R$ 5,51.

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Poliana Santos

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