Copom não deve subir Selic rapidamente rumo à taxa neutra, diz Goldman Sachs

O Comitê de Política Monetária (Copom) elevou, na noite desta quarta-feira (17), a  Selic em 0,75 ponto percentual. Nesse sentido, o Goldman Sachs considera que o comunicado do Copom dá mostras de que a autoridade monetária não deve subir a taxa de juros rapidamente em direção a uma postura monetária neutra.

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No entanto, o relatório do Goldman Sachs sobre a Selic afirma que o comunicado do Copom demonstrou a intenção de retirar boa parte do atual nível extraordinário de estímulo monetário. 

O relatório do banco assinado pelo economista Alberto Ramos, destaca que “no geral, o Copom viu valor em entregar um movimento hawkish em direção às expectativas de mercado e, acompanhado ainda por uma orientação hawkish a fim de impedir uma deterioração significativa nas expectativas de inflação ou no balanço de riscos, o Copom também antevê outra elevação de 0,75 pp no encontro de maio. Isso tudo dentro de um plano de jogo maior que prevê a retirada de boa parte do atual nível de acomodação monetária, mas ficando aquém de chegar à taxa neutra”.

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Além disso, o banco demostrou sua surpresa com a decisão do Copom, já que o mercado esperava uma alta na Selic, mas de 0,50 ponto percentual.

O ajuste mais acelerado foi justificado pelo benefício de “reduzir a probabilidade de não cumprimento da meta para a inflação deste ano, assim como manter a ancoragem das expectativas para horizontes mais longos”.

Copom surpreende e leva Selic para 2,75%

Em decisão unânime, o Copom do Banco Central (BC) aumentou ontem  a taxa básica de juros (Selic) de sua mínima histórica de 2,00% ao ano para 2,75% ao ano. Esta é a primeira vez desde 2015 que a meta foi elevada pelo colegiado.

O anúncio surpreendeu alguns setores do mercado, cujas previsões giravam em torno de uma aumento de 0,5 ponto percentual.

Segundo o Copom, “uma estratégia de ajuste mais célere do grau de estímulo tem como benefício reduzir a probabilidade de não cumprimento da meta para a inflação deste ano, assim como manter a ancoragem das expectativas para horizontes mais longos”.

O Copom não só surpreendeu o mercado com  uma alta da Selic mais forte do que a prevista, mas também com uma sinalização de um novo aumento de 0,75 ponto percentual na próxima reunião.

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“A menos de uma mudança significativa nas projeções de inflação ou no balanço de riscos, o Comitê antevê a continuação do processo de normalização parcial do estímulo monetário com outro ajuste da mesma magnitude”, comunicou o órgão.

O comitê ainda ponderou dizendo que a indicação de uma nova arrancada da Selic continuará a depender da evolução da atividade econômica, do balanço de riscos, e das projeções e expectativas de inflação.

Com informações do Estadão Conteúdo

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Laura Moutinho

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