Após decisões monetárias, dólar tem queda de 0,5%, negociado a R$ 5,55
Após decisões monetárias do Brasil e dos Estados Unidos, o dólar apresenta alívio em sua volatilidade e tem queda, negociado abaixo dos R$ 5,60.
Por volta das 11h, nesta quinta-feira (18), a moeda norte-americana tinha queda de 0,50%, negociada a R$ 5,55. A elevação da taxa básica de juros do Brasil (Selic) com o movimento mais acomodatício do Banco Central americano (Federal Reserve, Fed), sugerindo que os EUA não terá um aumento da taxa tão cedo auxilia a tirar um pouco da pressão do dólar.
Ontem, em decisão unânime, o Conselho de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) aumentou a taxa Selic de sua mínima histórica de 2,00% ao ano para 2,75% ao ano. Esta é a primeira vez desde 2015 que a meta foi elevada pelo colegiado.
O anúncio surpreendeu alguns setores do mercado, cujas previsões giravam em torno de uma aumento de 0,5 ponto percentual. Segundo o Copom, “uma estratégia de ajuste mais célere do grau de estímulo tem como benefício reduzir a probabilidade de não cumprimento da meta para a inflação deste ano, assim como manter a ancoragem das expectativas para horizontes mais longos”.
O Copom não só surpreendeu o mercado com uma alta da Selic mais forte do que a prevista mas também com uma sinalização de um novo aumento de 0,75 ponto percentual na próxima reunião.
“A menos de uma mudança significativa nas projeções de inflação ou no balanço de riscos, o Comitê antevê a continuação do processo de normalização parcial do estímulo monetário com outro ajuste da mesma magnitude”, comunicou o órgão.
Por sua vez, o Fed manteve a taxa de juros referencial inalterada, entre 0% e 0,25%, salientando que os impulsos monetários à economia continuarão. Segundo o comunicado, divulgado junto da decisão, o banco aponta que os indicadores da atividade econômica e do mercado de trabalho melhoraram de forma moderada recentemente, mas que a inflação continua abaixo dos 2%.
O comitê espera que o atual patamar de juros seja apropriado até que as condições do mercado de trabalho tenham atingido níveis considerados consistentes com as metas de emprego pleno, e a inflação tenha alcançado 2% e possa exceder esse patamar moderadamente por algum tempo.
Última cotação do dólar
Na última sessão, quarta-feira, o dólar encerrou o pregão em queda de 0,59% negociado a R$ 5,586.