Ibovespa tem queda de mais de 2%; ações da Vale despencam 24%
Após uma semana de quebra de recordes, o Ibovespa caiu 2,29%, fechando a segunda-feira (28) com 95.443,88 pontos.
As ações da Vale (VALE3) e sua acionista, a Bradespar (BRAP4), foram as principais responsáveis pela queda. A desvalorização dos papeis da companhia é reação direta ao rompimento da barragem da mineradora em Brumadinho, Minas Gerais. Só a Vale possui 11,39% na participação acionária do Ibovespa.
O índice operou abaixo dos 96 mil pontos por quase todo dia. Na abertura, registrou uma máxima de 97.936,82 pontos. Mas logo despencou para 95.912,32 pontos. Por volta do meio dia, marcou a mínima de 94.783,03 pontos.
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Ações da Vale
Já era previsto que os papéis da mineradora iriam despencar. Nesta segunda-feira, as ações caíram 24,52%, negociadas a R$ 43,53.
Logo após a tragédia, ocorrida na última sexta-feira (25), os American Depositary Receipt (ADRs) da Vale na bolsa de Nova Iorque caíram 11%.
O Ibovespa não estava operando na última sexta-feira (25) devido ao feriado de aniversário da cidade de São Paulo.
Além disso, a justiça já bloqueou R$ 11 bilhões das contas da Vale, o que representa 45% de seu caixa.
De acordo com a Justiça, os recursos serão utilizados para indenizar os familiares das vítimas e os atingidos pelo desastre.
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Segundo a provedora de informações financeiras Economatica, a Vale pode perder R$ 45 bilhões em valor de mercado.
Ainda na última sexta-feira, a agência de risco S&P colocou a companhia e as empresas ligadas a Vale em observação para rebaixamento em decorrência do desastre ocorrido em sua barragem.
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Desaceleração da China
No cenário externo, os números negativos da China preocupam o mercado. Nesta segunda-feira foi publicado um relatório do Escritório Nacional de Estatísticas (NBS) sobre o lucro industrial chinês.
De acordo com órgão, os lucros do país asiático caíram 1,9%, a 680,83 bilhões de yuans (US$ 100,94 bilhões), em dezembro de 2018 na comparação anual.
No entanto, ao longo de 2018, o lucro do setor expandiu 10,3% na comparação com o 2017.
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Destaques do Ibovespa
- PETR4 (Petrobras) – queda de 3,01% (R$ 24,77)
- VALE3 (Vale) – queda de 24,52% (R$ 42,98)
- ITUB4 (Itaú) – alta de 1,79% (R$ 38,16)
- BBDC4 (Bradesco) – alta de 0,81% (R$ 43,50)
Maiores altas do Ibovespa
- ABEV3 (Ambev) – alta de 4,6% (R$ 17,95)
- RADL3 (Raia Drogasil) – alta de 4,53% (R$ 65,11)
- EGIE3 (Engie Brasil) – alta de 3,81% (R$ 43,60)
Maiores baixas do Ibovespa
- VALE3 (Vale) – queda 24,52% (R$ 42,38)
- BRAP4 (Bradespar) – queda de 24,49% (R$ 26,43)
- CSNA3 (SID Nacional) – queda de 5,69% (R$ 9,78)
Bolsas Internacionais
- Nasdaq (EUA) – queda de 1,11%
- FTSE 100 (Reino Unido) – queda de 0,91%
- Nikkei (Japão) – queda de 0,60%
- CAC 40 (França) – queda de 0,76%
- FTSE MIB (Itália) – queda de 1,02%;