PSOL publica comunicado sobre notícias falsas contra Jean Wyllys

A liderança do PSOL na Câmara dos Deputados publicou um comunicado nesta segunda (28) desmentindo notícias falsas atribuídas a Jean Wyllys. O deputado informou na semana passada que vai desistir de seu terceiro mandato em razão de ameaças constantes.

“Desde que anunciou oficialmente, na última quinta (24), que desistiria de cumprir o terceiro mandato para o qual foi eleito no pleito de 2018, em função da insegurança causada por milhares de ameaças de morte e a displicência com que o Estado brasileiro vem tratando a situação, o deputado federal Jean Wyllys se tornou alvo de uma nova onda de crimes contra a sua honra”, diz a nota. “A Liderança do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) na Câmara dos Deputados vem a público denunciar e repudir mais esta violência contra o deputado”.

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A nota cita três notícias falsas que se espalharam na internet nos últimos dias. Segundo o PSOL, as publicações foram compartilhadas por páginas e perfis que fizeram ou fazem propaganda para os membros da família Bolsonaro.

As três notícias falsas mencionadas pelo comunicado

  • “A Polícia Federal descobriu que o deputado Jean Wyllys fez uma transferência de R$ 50 mil para a conta de um dos advogados de Adélio Bispo de Oliveira, o homem que teria tentado assassinar Jair Bolsonaro, por isso ele desistiu do mandato e fugiu do país”;
  • “O deputado Jean Wyllys está ameaçado de morte por seus colegas de partido, pois sabe demais sobre o ataque a Bolsonaro, que foi encomendado pelo PSOL, e corre o risco de ser eliminado por seus correligionários”;
  • Jean Wyllys desviou milhões de reais para movimentos sociais e ONGs, crime que foi descoberto e que o fez desistir do mandato e fugir do país”.

O texto do PSOL responde às informações falsas e cita a denúncia feita por Wyllys à Comissão Interamericana de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos (OEA), que analisou as provas e declarou a incompetência do Estado brasileiro em manter a segurança do parlamentar. O partido também afirma que o presidente Jair Bolsonaro endossa as ameaças a Jean Wyllys ao tuitar acusações contra o PSOL, envolvendo o partido no atentado contra ele em setembro passado.

“Ao colaborar com essa onda caluniosa, o presidente da República se torna corresponsável por qualquer ato de violência que Wyllys e seus familiares, vítimas de ameaças de morte, possam vir a sofrer como consequência destas novas mentiras amplamente divulgadas. Não aceitaremos tamanha agressão: nosso Jurídico já está tomando todas as medidas cabíveis”, finaliza a nota.

Guilherme Caetano

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