Suposta pirâmide financeira usa tom feminista para atrair mulheres, diz jornal

Mulheres ao redor do Brasil têm denunciado supostos esquemas de pirâmide financeira que atraem investidoras com um discurso feminista, prometendo a multiplicação de recursos mediante o pagamento de cerca de R$ 5 mil. Segundo reportagem publicada no jornal Folha de S.Paulo, as mulheres dizem ser vítimas de um golpe financeiro disfarçado de “grupos de ajuda mútua”.

 

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De acordo com o jornal, a Polícia Civil está investigando em São Paulo denúncias sobre duas supostas pirâmides financeiras que usam um discurso feminista para atrair investidoras mulheres. Já na Bahia, foi aberto um canal pela Defensoria Pública para ajudar mulheres que se sentiram predicadas.

Os esquemas têm vários nomes, mas os mais conhecidos são Tear dos Sonhos e Mandala da Prosperidade. A promessa é “realizar os sonhos” das participantes, ao multiplicar o dinheiro pago.

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Valor mais comum na suposta pirâmide financeira é de R$ 5 mil

De acordo com a reportagem, a pessoa que recebe o dinheiro (chamado de “regalo” ou presente) é chamada de “mulher água”. O valor mais comum é de R$ 5 mil reais. No esquema, oito mulheres pagam o valor para a “mulher água” para realizar um sonho. A promessa é que a vez da nova investidora receber o dinheiro vai chegar em algum momento, podendo receber R$ 40 mil.

A mulher convidada a entrar no grupo é chamada de “mulher fogo”. Já o elemento vento é a designação de quem espalha a informação e convida duas pessoas novas para entrar no esquema. O elemento terra é o das participantes responsáveis por promover reuniões e orientar as demais.

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Ainda segundo o jornal, o discurso usado nas conversas das supostas pirâmides é feminista. As participantes se chamam de irmãs e dizem estar desafiando o patriarcado. O problema é que a engrenagem depende da entrada de novas participantes, aportando novos recursos para funcionar.

Quem está no topo, ganha os recursos da base de novos entrantes, mas quando o número de entrantes diminui ou para, o esquema cai, e quem colocou dinheiro não consegue recuperá-lo. Desta forma, segundo a defensoria pública da Bahia ouvida pela Folha, caracteriza uma fraude. Além disso, pirâmide financeira é um crime contra a economia popular desde 1951, por meio da Lei nº 1.521.

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Redação Suno Notícias

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