Petrobras (PETR4) recebe da União indicação de nomes para conselho
A Petrobras (PETR4) recebeu a indicação de seis nomes da União, através do Ministério de Minas e Energia e do Ministério da Economia, para seu conselho de administração. A estatal divulgou a informação através de fato relevante publicado nesta segunda-feira (8).
Eduardo Bacellar Leal Ferreira foi indicado novamente ao cargo de presidente de conselho da Petrobras. Joaquim Silve e Luna, indicado ao cargo de diretor-executivo da companhia, passa também a compor a mesa, junto com Ruy Flaks Schneider, Márcio Andrade Weber, Murilo Marroquim e Sonia Villalobos. Esta última foi a indicação que cabe ao ministério liderado por Paulo Guedes.
As indicações aconteceram após quatro membros antigos terem pedido para deixar seus cargos depois da interferência do Governo Federal na presidência da estatal, que resultou na saída de Roberto Castello Branco. Três nomes da lista são de militares e três são da área técnica.
Conheça os nomes indicados ao conselho da Petrobras
A união sugeriu a recondução de Eduardo Bacellar Leal Fereira, almirante de Esquadra da Reserva, ao cargo de presidente do conselho da Petrobras. Ele está a frente da mesa desde janeiro de 2019, por indicação do presidente Jair Bolsonaro.
Joaquim Silva e Luna, que assumirá a presidência da estatal, é general do Exército da reserva, e Ruy Schneirder, oficial da reserva da Marinha, terminam de compor a ala militar.
Marcio Andrade Weber é engenheiro civil especializado em engenharia de petróleo, trabalhou na companhia por 16 anos e foi para a área de construção de estaleiros nacionais.
Murilo Marroquim é geólogo e trabalha na indústria de petróleo há quase cinquenta anos, tendo passagem em empresas como Brasoil, IBM, Ipiranga, Ocean Energy e também na Agência Nacional do Petróleo.
A última cadeira do conselho de administração da Petrobras fica para Sonia Villalobos, administradora pública. Tem mais de 30 anos de experiência no mercado acionário e foi a primeira pessoa sul-americana a receber a credencial CFA. Tem passagem em empresas como Banco Iochpe, Larrain Vial, Lanin Partners e é professora do Insper.
Indicações são inclinadas ao mercado, dizem especialistas
“Não enxergamos problema aparente na nomeação realizada. Quanto ao general Luna e Silva, não encontramos empecilhos técnicos a sua nomeação ao conselho e sim ao cargo de CEO, uma vez que o mesmo, por ora, não preenche os requisitos mínimos requisitados pelo estatuto da companhia”, avaliou Ilha Arbetman, analista da Ativa Investimentos.
A ativa aponta também para o fato de que Márcio Andrade e Murilo Marroquim de Souza seriam ambos figuras de carreira no setor de oil & gás. Quanto a Sonia Júlia Sulzbeck Villa-Lobos, que já foi membra do conselho da Petrobras, os analistas acreditam que será bem aceita, apesar de não ocupar no momento um cargo no setor.
