Dólar apresenta alta e euro cai, com mercado confiante em Guedes
O dólar avança na manhã desta quinta-feira (24) na B3 (BM&F Bovespa).
Apesar do mal recebido discurso do presidente da República Jair Bolsonaro no Fórum Econômico Mundial, em Davos, o ministro da Economia Paulo Guedes contornou a situação e confortou o mercado.
Na véspera, Guedes contou ao SUNO Notícias que a reforma da Previdência deve ir ao Congresso Nacional assim que a equipe retornar da Suíça.
Às 9h15, as moedas eram vendidas segundo as seguintes cotações:
- Dólar: alta de 0,26% a R$ 3,7746.
- Euro: baixa de 0,17% a R$ 4,2772.
- Libra esterlina: baixa de 0,02% a R$ 4,9183.
O Banco Central (BC) realiza nesta sessão leilão de até 13,4 mil swaps cambiais tradicionais, equivalentes à venda futura de dólares para rolagem do vencimento de fevereiro, no total de US$ 13,398 bilhões.
O dólar e o cenário interno
Em Davos, Jair Bolsonaro comentou as suspeitas levantadas sobre seu filho, o senador eleito Flávio Bolsonaro.
“Se, por acaso, ele errou e isso ficar provado, eu lamento como pai, mas ele vai ter que pagar o preço por essas ações que não podemos aceitar”, disse o presidente à Bloomberg.
O Palácio do Planalto já tomou medidas a fim de evitar que o caso de Flávio Bolsonaro torne-se uma crise de governo, apesar de ele não ser investigado.
A polêmica entorno do filho do presidente é referente a um relatório, cuja investigação foi ampliada, do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (CADE).
No relatório, que o “Jornal Nacional” obteve acesso, foram identificados depósitos atípicos na conta de Flávio Bolsonaro.
Todos os depósitos eram de R$ 2 mil, e totalizavam R$ 96 mil. Todos foram feitos no mesmo local, na agência bancária que fica dentro da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (ALERJ), entre junho e julho de 2017.
O que tornou os depósitos suspeitos foi o fato de terem sido fracionados.
Ao SUNO Notícias, uma fonte do governo declarou que “não é uma crise de governo, não. Ele [Jair Bolsonaro] já disse [sobre o caso]. Querem perguntar até ele mudar? A imprensa quer que ele entre em contradição”.
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O dólar e o cenário externo
O ministro da Economia declarou na quarta-feira (23) que a nova proposta da reforma da Previdência irá ao Congresso Nacional após a equipe de Bolsonaro retornar de Davos. Ou seja, a pauta chegará ao debate dos parlamentares na próxima semana.
Jair Bolsonaro afirmou à “Bloomberg” que a proposta da reforma da Previdência não será alterada para as Forças Armadas nesse primeiro momento.
O presidente completou que as mudanças deverão ocorrer na “segunda parte” da reforma, sinalizando que sua ideia de fatiar o processo pode tornar-se realidade.
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Paulo Guedes também anunciou os planos para retomada da cobrança de impostos sobre dividendos distribuídos por empresas aos acionistas, e também sobre juros sobre capital próprio (JCPs)
De acordo com o cálculo da gestão Temer, a arrecadação com os dividendos seria de:
- R$ 21,4 bilhões no primeiro ano de implantação;
- R$ 95,1 bilhões no acumulado de quatro anos.
Enquanto o recolhimento da tributação sobre JCPs originaria:
- R$ 3,6 bilhões no primeiro ano;
- R$ 15,8 bilhões em quatro anos.
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A agenda para o presidente no penúltimo dia do Fórum Econômico Mundial está cheia de encontros com líderes europeus.
Os encontros com o primeiro-ministro dos Países Baixos, Mark Rutte e o primeiro-ministro da República Tcheca, Andrej Babis já ocorreram, com otimismo para a melhoria de relações comerciais.
A agenda cheia deve-se ao pedido de Bolsonaro ao premiê Giuseppe Conte pela criação de um grupo, dentro da União Europeia (UE), para vencer as dificuldades e facilitar a entrada do Brasil no mercado europeu.
A reunião bilateral entre o líder italiano e Bolsonaro ocorreu ontem. As informações são de uma fonte do governo ao SUNO Notícias.
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Estão com Jair Bolsonaro na Suíça:
- Paulo Guedes (Economia);
- Sérgio Moro (Justiça e Segurança Pública);
- Ernesto Araújo (Relações Exteriores);
- Augusto Heleno (GSI);
- e Gustavo Bebianno (Secretaria-Geral da Presidência).
O discurso de Jair Bolsonaro na terça-feira (22) no Fórum Econômico Mundial, em Davos, não repercutiu bem. Esse foi o consenso geral, do qual o ex-ministro venezuelano Moisés Naim faz parte.
Entretanto, o diretor-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), Roberto Azevêdo, mostrou-se contrário ao consenso.
“Ao meu ver, a mensagem que o Brasil trouxe para o meio econômico e empresarial foi bem recebida pela comunidade, de uma maneira geral”, afirmou Azevêdo.
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Nos Estados Unidos da América (EUA), o presidente Donald Trump decidiu cancelar o discurso do Estado à União, que aconteceria no próximo dia 29.
O “shutdown“, a paralisação parcial do governo norte-americano, completou um mês na terça-feira e já dura 33 dias.
O dólar encerrou a quarta-feira (23) em queda de 1,114 % cotado a R$ 3,7633. Enquanto isso, a queda do euro foi de 1,094%, a 4,2869%, e da libra de 0,54%, a R$ 4,9184.