Dólar tem leve queda de 0,03%, negociado a R$ 5,66
O dólar encerrou o pregão desta quarta-feira (3) em leve queda de 0,03%, aos R$ 5,6643.
A moeda norte-americana hoje foi pressionada pelo temor de aumento do risco fiscal do Brasil, quando o governo não consegue conter o crescimento acelerado da dívida. Por volta das 13h40 o dólar subia a 1,62%, negociada a R$ 5,7698.
Apesar dos indicadores internacionais apresentarem melhora em razão do início da vacinação, o Brasil vai de caminho ao contrário. O estado de São Paulo anunciou o retorno da fase vermelha diante da piora no número de casos de covid-19.
De acordo com a economista do Banco Ourinvest, Cristiane Quartaroli, o dólar foi bastante pressionado hoje por conta da crise sanitária e também da grande aversão ao risco dos investidores estrangeiros diante dessa situação no Brasil.
Contudo, no final da tarde, o ministério comunicou que irá comprar vacina de outros dois laboratórios para serem distribuídas no Brasil.
“Com isso, o mercado apresentou um alívio, mas a nossa moeda permaneceu em patamar bastante elevado, próximo dos R$ 5,65 e o comportamento deve continuar sendo de aversão ao risco no curto prazo, afinal as incertezas são muitas”, completou a economista.
Com isso, confira outras notícias importantes do dia:
- PIB do Brasil tem em 2020 maior recuo anual desde 1996, diz IBGE
- Juros futuros avançam com votação da PEC emergencial no radar
- EUA: Setor privado cria 117 mil empregos em fevereiro, diz ADP
PIB do Brasil
O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil caiu 4,1% em 2020 em comparação com 2019, segundo dados divulgados há pouco pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Trata-se da menor taxa da série histórica, iniciada em 1996. Segundo o instituto, a queda foi em razão aos efeitos adversos da pandemia do novo coronavírus (covid-19).
A queda interrompeu o crescimento de três anos seguidos, de 2017 a 2019, quando o PIB do Brasil acumulou alta de 4,6%. Em 2020, os serviços encolheram 4,5% e a indústria, 3,5%. Somados, esses dois setores representam 95% da economia nacional. Por outro lado, a agropecuária cresceu 2,0%.
Juros futuros
Os contratos de juros futuros avançam nesta quarta-feira (3), com o mercado de olho na questão da responsabilidade fiscal. Por volta das duas horas, os contratos de juros futuros baseados no depósito interfinanceiro (D.I.) com vencimento em janeiro de 2027, na ponta longa da curva, avançavam 292 pontos base, com taxa de 8,32%. Já os com vencimento em janeiro de 2025 avançavam 295 pontos base, a 7,67%.
O contrato com vencimento em janeiro de 2022, na ponta curta, subia 272 pontos, a 2,72%. Para 2023, o avanço é de 225 pontos, com as taxas em 5,895%. Esse avanços nos contratos de juros futuros são impulsionados pela maior incerteza.
Empregos nos EUA
O setor privado dos Estados Unidos criou 117 mil empregos em fevereiro deste ano, de acordo com uma pesquisa com ajustes sazonais divulgada nesta quarta-feira ( 3) pela ADP.
O resultado da criação de empregos nos EUA foi bem abaixo da previsão de analistas consultados pelo The Wall Street Journal, que previam criação de 225 mil postos de trabalho no último mês.
Contudo, a ADP informou ter revisado para cima sua estimativa de geração de empregos em janeiro deste ano, de 174 mil para 195 mil.
Última cotação do dólar
Na última sessão, terça-feira (2), o dólar encerrou o pregão em alta de 1,16%, negociado a R$ 5,66.