IBGE: taxa de desemprego fica em 13,9% no trimestre até dezembro

A taxa de desocupação no Brasil ficou em 13,9% no trimestre encerrado em dezembro de 2020, de acordo com os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgados na manhã desta sexta-feira (26) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Foi a terceira queda seguida da taxa.

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A baixa na taxa de desemprego, entretanto, tem parte da motivação na alta recorde no total de pessoas subutilizadas, que são aquelas desocupadas, subocupadas por insuficiência de horas trabalhadas ou na força de trabalho potencial. No ano, esse contingente chegou a 31,2 milhões, o maior da série, um aumento de 13,1% com mais 3,6 milhões de pessoas.

Além disso, o número de desalentados, que desistiram de procurar trabalho devido às condições estruturais do mercado, chegou a 5,5 milhões de pessoas 2020, uma alta de 16,1% em relação ao ano anterior. É também o maior contingente da série anual da PNAD Contínua.

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Em igual período de 2019, a taxa de desemprego medida pela Pnad Contínua estava em 11,0%. No trimestre até novembro de 2020, a taxa de desocupação estava em 14,10%. No ano de 2020, a taxa de desemprego média, entretanto, foi de 13,5%, a maior já registrada pelo instituto.

2020 terminou com uma média de 13,4 milhões de pessoas desempregadas, alta de 6,7% na comparação com 2019 e a maior da série anual. A média do ano da população ocupada atingiu 86,1 milhões, o menor número desde 2012.

O número de trabalhadores com carteira assinada regrediu em 2,6 milhões, totalizando agora 30,6 milhões de pessoas, também o menor número desde 2012. A taxa média de informalidade, mesmo com menos pessoas com carteira assinada, recuou de 41,1% em 2019 para 38,7%, o que pode indicar que ainda existe muitas pessoas dentro da faixa etária economicamente ativa não procurando emprego.

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Massa total da renda recua, diz IBGE

A renda média real do trabalhador foi de R$ 2.507,00 no trimestre encerrado em dezembro passado. O resultado representa alta de 2,8% em relação ao mesmo período do ano anterior. A massa de renda real habitual paga aos ocupados em 2020 somou R$ 210,724 bilhões no trimestre até dezembro, queda de 6,5% ante igual período do ano anterior, de acordo com o IBGE.

No ano, segundo o IBGE, apenas a administração pública criou vagas, com alta de 1% no número de ocupados, com 172 mil trabalhadores a mais. O comércio retraiu 9,6%, com 1,7 milhões de vagas perdidas. A construção recuou 12,5% e a indústria 8%.

No setor de serviços, segundo o IBGE, os maiores tombos foram nos segmentos de alojamentos e alimentação, com o número de vagas caindo 21,3% na base anual e serviços domésticos, regredindo 19%.

(Com Estadão Conteúdo) 

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Vitor Azevedo

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