Bolsonaro diz que estatais têm que ter ‘visão de social’ e elogia o general Silva e Luna

O presidente Jair Bolsonaro declarou nesta quinta-feira (25) que todas as estatais precisam ter uma “visão de social”. A afirmação foi feita em evento com seu indicado para assumir a presidência da Petrobras (PETR4) , o general da reserva Joaquim Silva e Luna.

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O evento ocorreu em Foz do Iguaçu (PR), onde foi anunciada a revitalização do sistema de Furnas que transmite a energia produzida por Itaipu, dirigida atualmente pelo general indicado à presidência da estatal. Bolsonaro ainda elogiou o trabalho de Silva e Luna à frente da hidrelétrica.

“Estando à frente dessa estatal, binacional, ele realmente a conduziu de forma ímpar, combatendo desvios, colocando-a no rumo da prosperidade, colaborando com o governador do estado, senhor Ratinho Jr., colaborando com mais de 30 prefeituras da região. Ou seja, uma estatal, seja ela qual for, tem que ter visão de social. Não podemos admitir uma estatal, um presidente, que não tenha essa visão”, disse o presidente.

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Além disso, Bolsonaro ressaltou esperar que Silva e Luna traga uma “nova dinâmica” para a companhia, afirmando ainda que todos os que “dependem do produto” da estatal irão “se surpreender positivamente” com o trabalho do general.

“O convite que fizemos ao senhor general Silva e Luna visa uma nova dinâmica aquela empresa. E nesse momento agradeço a ele por ter aceitado esse convite. E pode ter certeza que todos aqueles que dependem do produto da Petrobras vão se surpreender positivamente com o seu trabalho quando ele lá assumir”.

Estatais e setores regulados podem voltar a níveis de preço da recessão, alertam especialistas

O mercado já se mostrava receoso, mas o fim da última semana foi a gota d’água. Após a demissão do presidente da Petrobras e a fala do presidente Jair Bolsonaro, dizendo que deve “meter o dedo na energia elétrica”, as empresas estatais e de setores regulados despencam na B3. Agora, especialistas alertam que as empresas podem voltar aos níveis de preço vistos em 2016.

O temor dos investidores remete aos solavancos que as estatais e empresas utilities passaram na última década, sobretudo com a interferência estatal do governo de Dilma Rousseff . Integrantes do mercado, inclusive, temem por uma escalada de Bolsonaro nesse sentido, o que pioraria ainda mais a situação das companhias.

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Rafaela La Regina

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