Dólar sobe mais de 1% com repercussão de Bolsonaro em Davos
Com as atenções centradas no pronunciamento do presidente Jair Bolsonaro no Fórum Econômico Mundial, em Davos, o dólar fechou esta terça-feira (22) em valorização de 1,25% negociado a R$ 3,8057.
Durante a manhã, o dólar operou abaixo dos R$ 3,77, com mínima de R$ 3,3495 registrada às 10h30. No entanto, após a fala de Bolsonaro em Davos, ocorrida ao 12h30 no horário de Brasília, a moeda americana disparou. Às 16h20, atingiu a máxima de R$ 3,8028.
O euro e a libra também seguiram a tendência e se valorizaram. Confira:
- Euro: alta de 1,501 %, a R$ 4,3345
- Libra esterlina: alta de 2,054%, a R$ 4,9443
Atuação do Banco Central
O Banco Central (BC), realizou o leilão de 13,4 mil contratos de swap cambial tradicional. O swap equivale à venda futura de dólares.
Com isso, foram rolados US$ 10,05 bilhões de um total de US$ 13,398 bilhões, que vencem em fevereiro.
Discurso de Bolsonaro
A viagem de Jair Bolsonaro ao Fórum Econômico Mundial continua monopolizando as atenções do mercado. A fala do presidente não repercutiu bem entre os analistas e a imprensa internacional.
Saiba mais: Fórum Econômico Mundial: discurso de Bolsonaro não repercute bem
Havia muitas expectativas no pronunciamento de Bolsonaro, principalmente em relação à reforma da Previdência.
Saiba mais: Fórum Econômico Mundial: Confira na íntegra o discurso de Bolsonaro
O presidente discursou por apenas seis minutos. Entre os pontos destacados por Bolsonaro está:
- A diminuição da carga tributária;
- A estabilidade macroeconômica;
- O respeito a contratos;
- A promoção das privatizações;
- O equilíbrio das contas públicas;
- A proteção ao direito à vida e à propriedade;
Analistas argumentam que Bolsonaro deveria ter falado mais sobre o texto da reforma da Previdência.
Saiba mais: Davos: Nosso governo é um ponto de flexão para o Brasil, diz Bolsonaro
Ao responder a questões do fundador e do presidente executivo do Fórum Econômico Mundial, Klaus Schwab, Bolsonaro ressaltou a intensão de colocar em votação as reformas estruturantes.
“Pretendemos diminuir o tamanho do Estado, realizar reformas, por exemplo, como a da Previdência e tributária, queremos tirar o peso do Estado de cima de quem produz, de quem empreende”, afirmou Bolsonaro.
Dólar e o cenário externo
O Fundo Monetário Internacional (FMI) diminui as projeções de crescimento da econômico mundial. Segundo o Fundo, a economia global deverá crescer 3,5% e não mais 3,7% em 2019. Em 2020, o FMI projeta uma alta de 3,6%.
A China também reduziu suas expectativas de crescimento para 6,6%, o pior resultado em 28 anos.
Última cotação
Na última terça-feira (21), o dólar operou em alta de 0,075% cotado a R$ 3,7587.