Cogna (COGN3) e Eleva fecham acordo de troca de ativos

A Cogna (COGN3) e a Eleva fecharam o acordo envolvendo a troca de ativos educacionais. A transação ainda precisa passar pela aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), segundo anúncio divulgado na noite de ontem pelas empresas.

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De acordo com o fato relevante, a Eleva vai pagar R$ 964 milhões para ficar com escolas que hoje são operadas pelo maior grupo de educação privada do Brasil. Já a Cogna, por meio de sua subsidiária Vasta, vai comprar por R$ 580 milhões o sistema de ensino da empresa que tem o bilionário Jorge Paulo Lemann como um dos sócios.

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Do valor a ser pago pela Eleva, R$ 625 milhões serão amortizados em parcelas por cinco anos com reajuste pelo CDI. O restante será utilizado pela Saber, empresa da Cogna, para integralização de debêntures conversíveis a serem emitidas pela Eleva no fechamento da transação.

Em caso da Eleva abrir o capital (IPO, na sigla inglês), as debêntures serão convertidas em novas ações de emissão, mas a Cogna e suas subsidiárias não poderão ser controladoras da Eleva e terão restrições de voto.

Por sua vez, os R$ 580 milhões que a Cogna vai pagar à Eleva pelo sistema de ensino serão parcelados em cinco anos, com atualização pelo CDI.

Negociação beneficiaria Cogna e Eleva

A transação faz sentido para as duas empresas. A Eleva quer aumentar seu tamanho e chegar mais robusta em seu IPO, no qual quer captar cerca de US$ 300 milhões.

A Cogna, que tem 52 escolas de marcas reconhecidas e com receita líquida somando R$ 480 milhões nos primeiros nove meses de 2020, quer direcionar seus esforços ao segmento de serviços educacionais para instituições de ensino, com venda de material didático, plataformas educacionais e gestão escolar.

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Se o negócio for fechado, a Cogna incorpora ao seu portfólio o sistema de ensino da Eleva, adotado por cerca de 200 mil alunos e 300 escolas e que tem forte reputação. A companhia já possui os sistemas de ensino Anglo, pH, Pitágoras e Líder em Mim, e as editoras Ática, Scipione e Saraiva.

As negociações não são de hoje. Em 2019, a Eleva e a Kroton (antigo nome da Cogna), já haviam tratado sobre a troca. Agora, porém, o IPO da Cogna e a pressão do mercado para a Vasta realizar aquisições após sua estreia na Nasdaq devem impulsionar o acordo.

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Poliana Santos

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