De olho em Davos, dólar fecha em alta de 0,075%; Euro também sobe
Com as atenções voltadas para a viagem do presidente Jair Bolsonaro à Davos, o dólar valorizou 0,075%, fechando esta segunda-feira (21) vendido a R$ 3,7587.
Durante o dia, a moeda americana apresentou forte elevação. Ao meio dia, o dólar atingiu o seu pico, cotado a R$ 3,7769. Porém, ao longo da tarde, a moeda se desvalorizou. Às 15h40 chegou a seu valor mais baixo, R$ 3,7567.
De acordo com a agência de notícias Reuters, devido ao feriado nacional do dia de Martin Luther King, o dólar operou em menor volume de negociação.
O mercado aguarda o discurso de Bolsonaro no Fórum Econômico Mundial em Davos, na Súiça. No pronunciamento, Bolsonaro deve indicar uma maior abertura econômica. Além disso, enfatizará as reformas estruturais projetadas para os próximos anos. É o primeiro grande evento mundial de Bolsonaro.
Durante a campanha, a imprensa internacional e a opinião pública enxergavam em Bolsonaro um líder populista de extrema direita por conta de suas declarações. No encontro, o presidente eleito terá a oportunidade de mudar as impressões negativas.
As outras moedas também se valorizaram ante o real. Confira:
- Euro: alta de 0,34 %, a R$ 4,28
- Libra esterlina: alta de 0,474%, a R$ 4,8514
Atuação do Banco Central
O Banco Central (BC), realizou o leilão de 13,4 mil contratos de swap cambial tradicional. O swap equivale à venda futura de dólares.
Com isso, foram rolados US$ 9,38 bilhões de um total de US$ 13,398 bilhões, que vencem em fevereiro.
Dólar e o cenário interno
O presidente Jair Bolsonaro terá a tarefa de apresentar o Brasil para o mundo. Investidores e representantes das principais potências mundiais estarão em Davos, na Suiça, para discutir os rumos da economia global. O Fórum Econômico Mundial (FEM) ocorrerá entre os dias 22 e 25 de fevereiro.
Com o cancelamento da presença de Donald Trump e do presidente da França, Emanuel Macron, Bolsonaro se tornou o grande destaque do encontro.
Além de Bolsonaro, integram a comitiva brasileira:
- Paulo Guedes (Economia);
- Sérgio Moro (Justiça e Segurança Pública);
- Ernesto Araújo (Relações Exteriores);
- Augusto Heleno (GSI);
- Gustavo Bebianno (Secretaria-Geral da Presidência);
Bolsonaro pretende destacar em seu pronunciamento a reforma da Previdência e a maior abertura econômica do Brasil, com redução de tarifas e incentivos as exportações.
Caso Queiroz
A repercussão negativa do caso envolvendo o ex-assessor do Senador eleito Flávio Bolsonaro, Fabrício Queiroz, começa a incomodar o mercado. Os agentes econômicos temem que a credibilidade do governo possa ser arranhada, dificultando a articulação política para a aprovação da reforma da Previdência.
O Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) identificou 48 depósitos de R$ 2 mil entre junho e julho de 2017 nas contas de Flávio. Além disso, o Jornal Nacional da última sexta-feira (21) revelou um pagamento de R$ 1 milhão de um título bancário da Caixa Econômica Federal.
Boletim Focus e FMI
Nesta segunda-feira (21) foram divulgados as projeções do Boletim Focus e do Fundo Monetário Internacional (FMI) para a economia. De acordo com analista consultados pelo Relatório Focus, o dólar em 2019 deve ser de R$ 3,75. Anteriormente, o boletim havia previsto um valor de R$ 3,80.
O FMI também divulgou números relativos ao Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. De acordo com o Fundo, o Brasil deverá crescer em 2019 2,5%. No último relatório, os números apontavam elevação de 2,4%.
Saiba mais: Boletim Focus reduz fechamento do dólar em 2019 a R$ 3,75
Saiba mais: FMI aumenta projeção do PIB para 2019 mas revê crescimento em 2018
Dólar e o cenário externo
A desaceleração da China preocupa o mercados externos. Nesta segunda-feira (21), foram divulgados os números do PIB da China. Segundo o National Bureau of Statistics of China (NBS), o instituto de pesquisas chinês, o PIB deve crescer 6,6% em 2018, pior desempenho da economia chinesa em 28 anos.
Saiba mais: PIB da China cresce 6,6% em 2018 e confirma desaceleração econômica
Última cotação
Na última sexta-feira (21), o dólar operou em alta de 0,0224% cotado a R$ 3,76.