Ibovespa bate nova marca, fecha em alta e passa dos 96 mil pontos
O Ibovespa registrou 0,78% no fim do pregão desta sexta (18), fechando a 96.096 pontos. Ainda pela manhã, o principal índice da bolsa de São Paulo bateu a marca histórica de 96 mil pontos.
O volume financeiro ficou em R$ 16,723 bilhões. O contrato de dólar futuro com vencimento em fevereiro teve alta de 0,07%, indo a R$ 3,754. O dólar comercial subiu 0,22%, cotado a R$ 3,756. É o maior valor em 15 dias.
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A semana tem sido de recordes para o Ibovespa. Na quinta (17), a marca de 95 mil pontos foi batida pela primeira vez. Um dia antes, também quebrou o recorde dos 94 mil.
Cenário interno
O grande destaque foi a Eletrobras (ELET3 +4,52%; ELET6 +5,04%), um dia após o anúncio do programa de demissão da companhia. Nesta sexta, as ações ordinárias da empresa subiram 5,04% e as preferenciais, 4,52%.
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O programa de demissão será implementado simultaneamente na Holding e nas empresas Eletrobras Cepel, CGTEE, Chesf, Eletronuclear, Eletronorte, Amazonas GT, Eletrosul e Furnas.
A Eletrobras anunciou na última quinta (17) que vai abrir uma nova etapa de seu programa de desligamento de funcionários. Ela será focada nos empregados da área administrativa da empresa e começará no fim de janeiro. A informação foi dada pelo presidente da estatal, Wilson Ferreira Jr, à agência de notícias Reuters.
O plano visa a saída de 2.187 empregados da companhia. Com isso, estima uma economia de R$ 574 milhões ao ano. O custo inicial seria de R$ 731 milhões.
Outro assunto domina a pauta dos investidores e do mercado: a reforma da Previdência. O presidente Jair Bolsonaro deve receber a proposta da reforma ainda neste fim de semana.
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No entanto, a palavra final do presidente em relação ao projeto deve ficar para depois da viagem ao Fórum Econômico Mundial em Davos, que ocorre entre os dias 22 e 25 de janeiro.
Na última quinta (17), a equipe econômica do governo Bolsonaro enviou ao ministério da Casa Civil o texto da medida provisória (MP) que visa coibir fraudes na Previdência. O texto é mais amplo do que havia se esperado, já que não se restringe a um pente-fino apenas nos benefícios previdenciários que tenham qualquer suspeita de irregularidade. Ele também traz alterações em todo o processo de concessão e autorização desses benefícios.
Enquanto isso, os militares se organizam para resistir à reforma da Previdência. A resistência não é pequena, mesmo porque há sete ministros militares na gestão de Jair Bolsonaro. O argumento do ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, é de que o dinheiro que seria poupado com a inclusão dos militares na reforma é pequeno.
O ministro da Economia, Paulo Guedes, no entanto, não concorda. “Sem eles, perde muito”, declarou em entrevista ao Poder360. “É aquele negócio: liderar pelo exemplo. Os ‘cabeças brancas’, mais ilustrados, todos sabem que algo deveria ser feito”. O general Santos Cruz, da secretaria de Governo, apoia Guedes. “Seria interessante, quando mexer em tudo, mexer junto neles [militares]. Para evitar que digam que o presidente pensou como um líder corporativo”, disse Cruz.
Cenário externo
As expectativas em relação das negociações comerciais entre China e Estados Unidos estão renovadas. Com a ausência de notícias dentro do Brasil, os holofotes se voltaram às duas potências. Espera-se que as nações possam estar próximas de uma resolução para a guerra comercial, com um próximo encontro entre elas até o fim do mês.
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O secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Steven Mnuchin, discutiu suspender tarifas impostas às importações vindas da China, segundo reportagem do Wall Street Journal. Apesar de um porta-voz do Tesouro ter negado que Mnuchin tenha cogitado a ideia, isso levou otimismo ao mercado externo.
Destaques da bolsa
Maiores altas
- ELET6: +5,78%, a R$ 35,88
- NATU3: +5,26%, a R$ 45,81
- ELET3: +5,01%, R$ 32,50
Maiores baixas
- EMBR3: -3,37%, a R$ 19,78
- SMLS3: -3,28%, a R$ 41,92
- BRKM5: -2,05%, a R$ 46,40