CSN Mineração (CMIN3): Glencore foi investidor de peso no IPO
A anglo-suíça Glencore foi um investidor de peso na oferta inicial de ações (IPO, pela sigla em inglês) da CSN Mineração. Na prática, a empresa responsável por viabilizar a operação, com um cheque de aproximadamente R$ 1,3 bilhão, ou seja, 25% do total do IPO, de R$ 5,2 bilhões, de acordo com o jornal Estadão.
A Glencore é uma gigante global de trading de commodities. A CSN Mineração chega à bolsa de valores valendo R$ 47,5 bilhões, com a Glencore posicionada com uma fatia de quase 3% da empresa.
De acordo com especialistas do mercado, a tendência é que as duas empresas caminhem para uma parceria para atender a China, maior mercado consumidor de minério de ferro do mundo.
“Existe uma expectativa de as empresas fazerem uma parceria para misturar minério”, disse uma fonte ouvida pelo jornal. O racional seria misturar o minério de alta qualidade produzido na mina de Casa de Pedra com um minério de qualidade inferior para entrega na China.
De acordo com a reportagem, no entanto, nenhum acordo foi firmado até o momento. A Glencore e a CSN já têm uma parceria, que prevê a entrega de 22 milhões de toneladas de minério pela CSN em cinco anos. O acordo foi feito em 2019, com pagamento prévio de US$ 500 milhões, quando a CSN buscava caixa para reduzir sua dívida.
Depois disso, foi fechado um segundo contrato de US$ 250 milhões por 10 milhões de toneladas adicionais de minério. Finalmente, a Glencore pagou mais US$ 115 milhões por quatro milhões de toneladas adicionais.
Demanda para IPO da CSN Mineração
Demanda pelo IPO da CSN Mineração não foi muito grande entre os investidores institucionais brasileiros. As pessoas físicas levaram 20% da oferta, segundo o jornal. Com a ajuda da Glencore, os estrangeiros ficaram com 70%.
A CSN, que foi vendedora na oferta, colocou no caixa R$ 3,6 bilhões, dinheiro que já foi prometido para reduzir sua dívida. A CSN Mineração estreia na B3 na próxima quinta-feira, dia 18.