Dólar e euro abrem em queda com expectativas da reforma da Previdência

O dólar e o euro apresentavam queda na abertura da B3 (BM&F Bovespa) nesta quinta-feira (17).

Novamente, a reforma da Previdência rouba o centro das atenções no cenário econômico interno, e torna o movimento do dólar incerto. Oscilando acima dos R$ 3,70, o dólar sente os investidores tensos com a pauta que estampa os veículos de comunicação.

O mercado anseia o veredito do presidente da República Jair Bolsonaro, que receberá a nova proposta formulada pelos ministros Paulo Guedes e Onyx Lorenzoni (pastas da Economia e da Casa Civil, nesta ordem) antes de partir para Davos.

Segundo o portal “Radar On-line”, o presidente poderá tomar sua decisão durante a sua viagem na Suíça.

Às 9h14, as moedas oscilavam a:

  • Dólar: baixa de 0,11% a R$ 3,7320.
  • Euro: baixa de 0,15% a R$ 4,2516.
  • Libra: baixa de 0,14% a R$ 4,8057.

O Banco Central (BC) realiza nesta sessão leilão de até 13,4 mil swaps cambiais tradicionais, equivalentes à venda futura de dólares para rolagem do vencimento de fevereiro, no total de 13,398 bilhões de dólares.

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O dólar e o cenário interno

A reforma da Previdência é tema de debate na esfera pública durante a semana.

Ainda não há decisão tomada se a nova proposta abrangerá as Forças Armadas. Bolsonaro é ex-capitão do Exército, e está sendo pressionado para incluir os militares no projeto de mudança no sistema de aposentadorias.

Na véspera, o ministro Paulo Guedes afirmou que a reforma da Previdência perde sem englobar os militares.

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O ministro é apoiado pelo jornal “O Globo”, que listou dois motivos para inserir as Forças Armadas na reforma:

  • Postura Corporativista: o presidente da República não pode favorecer uma parte da população mais do que outra.
  • Déficit orçamentário: dentre janeiro e novembro de 2018, o prejuízo foi de R$ 40,5 bilhões, com crescimento de 12,85% ante o ano anterior. No mesmo período de 2017, o déficit foi de R$ 35,9 bilhões.

Ainda no cenário doméstico, o governador Mato Grosso, Mauro Mendes (DEM) informou na quinta-feira (16) que decretará estado de calamidade financeira.

Após viajar à Brasília na quarta-feira (15) para encontrar-se com os ministros da Saúde, Secretaria de Governo e Agricultura para analisar a situação financeira de seu estado.

Enfrentando uma crise fiscal, o Mato Grosso tem uma dívida de R$ 4 bilhões.

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O dólar e o cenário externo

O vice-primeiro-ministro da China, Liu He, viajará aos Estados Unidos em 30 e 31 de janeiro. He participará da próxima rodada de negociações que visa dar fim à guerra comercial entre os países.

Os rumores já corriam na mídia, mas a confirmação pelo Ministério do Comércio da China deu-se hoje.

O último encontro de equipes dos países ocorreu entre 07 e 09 de janeiro. A reunião animou o mercado, após a prorrogação por um dia no encontro.

Na última segunda-feira (14), o presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou que acredita que Washington chegará a um acordo com Pequim.

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Enquanto isso, na Europa, a primeira-ministra britânica Theresa May venceu mais uma moção de confiança. Com 325 votos a favor e 306 contra, May permanecerá no cargo.

A moção foi proposta pelo líder do Partido Trabalhista, Jeremy Corbyn, após a rejeição do acordo do Brexit proposto por May.

O motivo, segundo Corbyn, é que a primeira-ministra não conseguiu elaborar uma proposta boa o suficiente para ser aprovada pela maioria no Parlamento.

A votação do plano B do Brexit ocorrerá em 29 de janeiro.

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O dólar encerrou a sessão anterior a R$ 3,7342 com alta de 0,239%; o euro encerrou a R$ 4,254 avançando 0,221%. Por fim, a libra obteve alta de 0,341% e finalizou o dia a R$ 4,7981.

Amanda Gushiken

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