Braskem (BRKM5) retoma produção de cloro-soda em Maceió
A Braskem (BRKM5) informou, na manhã desta quinta-feira (4), que retomou a produção de cloro-soda e dicloretano em sua planta no bairro do Potal da Barra em Maceió, em Alagoas. A informação foi divulgada por meio de um fato relevante.
A companhia disse que o reinício das operações segue os padrões de segurança aplicáveis. A Braskem não opera na unidade desde maio de 2019, após ser revelado um laudo do Serviço Geológico (CPRM) que associou o afundamento do solo em três bairros da capital alagoana à atividade da petroquímica.
Para o retorno das atividades, a empresa concluiu o projeto para a produção de salmoura como matéria-prima a partir da aquisição de sal importado, “o que permite a companhia voltar a produzir de forma integrada PVC e soda cáustica”, diz o comunicado.
Problema da Braskem em Maceió começou há três anos
O problema da petroquímica na capital alagoana começou há pouco menos de dois anos. No dia 3 de março de 2018, após fortes chuvas, moradores de alguns bairros de Maceió sentiram um tremor na região, algo que é incomum por lá.
Perto dali, a Braskem realizada a extração de sal-gema em cerca de 35 poços, que retiravam matéria prima utilizada na fabricação de soda cáustica e PVC pela companhia.
O solo dos bairros começou a afundar, fazendo com que a empresa fosse responsabilizada. Além de interromper as atividades no local após pressão das autoridades, a Braskem teve de iniciar um processo de provisionamento financeiro para remover moradores que foram impactados.
Na última segunda-feira (1), a companhia informou em teleconferência para analistas que as provisões para o problema enfrentado pela companhia devem atingir R$ 10,1 bilhões. Dentre o total, apenas cerca de R$ 1,2 bilhão já foram consumidos. Outros R$ 8,8 bilhões foram provisionados no quarto trimestre de 2020.
“Essa é a totalidade que temos provisionado até agora e será desembolsado nos próximos cinco anos”, disse Pedro Freitas, CFO da Braskem, durante o evento.