Boeing tem prejuízo recorde em 2020 com pandemia e 737 Max

A Boeing (NYSE: BA), multinacional americana que produz aviões, apresentou um prejuízo líquido de US$ 11,9 bilhões em 2020, o maior de sua série histórica, causado pela pandemia do novo coronavírus e também por conta do problema com um dos seus modelos.

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Além disso, em seu balanço de resultados, a Boeing apresentou um prejuízo por ação no quarto trimestre de 2020 de US$ 15,25, muito maior do que os US$ 1,80 projetados pelos analistas escutados pela CNBC. O prejuízo líquido nos últimos três meses de 2020 foi de US$ 8,4 bilhões, ante US$ 1,01 bilhão no mesmo intervalo de 2019.

A queda de receita líquida no mesmo período foi de 15% na base anual, com o valor ficando em US$ 15,3 bilhões. Na unidade de aviões comerciais, a receita da Boeing caiu 37% na mesma comparação, indo para US$ 4,73 bilhões. A entrega de aeronaves caiu para o nível mais baixo em décadas enquanto os cancelamentos de pedidos tiveram números recordes.

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737 Max e pandemia foram desafio para Boeing

Segundo o CEO da companhia, Dave Calhoun, 2020 foi um ano de uma “profunda ruptura social e global que restringiu a indústria aérea”. Para ele, a diminuição dos voos comerciais em todo mundo junto com o encalhe do 737 Max foram grandes desafios para a Boeing.

Além da pandemia, o encalhe dos modelos 737 MAX por quase dois anos após dois acidentes fatais também foi motivos de problemas. Foi apenas no final de 2020 que algumas companhias anunciaram que voltariam a operar com o avião. A Boeing tem cerca de 400 aviões do tipo estacionados em sua base de Seatlle.

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A alta das vendas em setores de defesa, espaço e militar ajudaram a compensar parte dos prejuízos, crescendo 14% na base anual, com a receita chegando a US$ 6,78 bilhões.

A pandemia está aumentando a demanda por aviões de grande porte utilizados para voos internacionais mais longos. A Boeing, porém, havia cortado a produção de seus 787 Dreamliners, utilizados nesse tipo de viagem, e, agora, atrasou o lançamento do 777X para o final de 2023, dois anos após a primeira data estipulada, por conta da demanda menor e da crise com o 737 Max.

A Boeing espera agora se recuperar do problema com o 737 Max. Com a permissão de agências reguladoras para esses aviões voltarem a decolar, a companhia pretende fazer em 2021 mais entregas do modelo que estava parado e, com isso, melhorar seu desempenho, uma vez que é na entrega que costuma receber a maior parte do preço de um avião.

O presidente da Boeing, entretanto, afirmou não esperar que as viagens retornem aos níveis pré-pandemia nos próximos dois ou três anos. As ações da companhia em Nova York caem 2,32% às 13h30.

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Vitor Azevedo

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