Disparada da DASA (DASA3) transforma Dulce Pugliese a mulher mais rica do Brasil
O início deste ano marcou a disparada das ações da DASA (DASA3), antes conhecida como Laboratório Clínico Delboni Auriemo. Com a alta de 81,4% dos papéis em 2020, uma das controladoras da empresa, Dulce Pugliese de Godoy Bueno, também fundadora da Amil, se tornou a mulher mais rica do Brasil.
Pugliese ultrapassou Luiza Helena Trajano, presidente do Conselho de Administração do Magazine Luiza (MGLU3). Aos 72 anos, a detentora de 48% das ações da DASA agora ocupa o sétimo lugar no ranking de bilionários da revista Forbes, com uma fortuna estimada em R$ 32,63 bilhões, até a última quinta-feira (21). Essa é a primeira vez que duas mulheres figuram no top 10.
A tendência de alta das ações da DASA tiveram início no fim de outubro de 2020. Naquele mês, as ações da companhia eram negociadas na casa dos R$ 51. Até a última terça-feira (19), os papéis chegaram a ser negociados a R$ 199, com uma alta de mais de 290%. Atualmente, são cotados a R$ 128, após uma correção no fim da semana.
A valorização das ações ocorreu em meio à aquisição do Grupo Leforte, dono de três hospitais e cinco clínicas na Grande São Paulo, por R$ 1,77 bilhão. O negócio foi fechado no início de dezembro, em meio à oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) da Rede D’Or (RDOR3), mostrando que a DASA não vai ficar parada frente à concorrência do setor.
A DASA já é listada na Bolsa de Valores de São Paulo (B3), mas apenas 3% dos papéis estão em circulação. A liquidez média diária dos últimos 30 dias é de R$ 380,88 mil. O valor de mercado da empresa é de R$ 61,54 bilhões, embora o dado fique distorcido por conta da baixa liquidez.
A história da DASA e Pugliese
Junto ao seu ex-marido Edson de Godoy Bueno, Pugliese fundou a rede Amil, de assistência médica, em 1972. A companhia foi vendida para a norte-americana UnitedHealth em 2012. Logo depois, o casal partiu para uma nova empreitada — a DASA.
Com a morte de Edson em 2017, a participação acionária do co-fundador foi passada para seus filhos meio-irmãos, Camilla de Godoy Bueno Grossi e Pedro de Godoy Bueno. Pedro, inclusive, é o CEO da companhia desde que foi adquirida pelo ex-casal em 2015. Ele também ocupa o posto de bilionário mais novo do País, com uma fortuna de US$ 3,1 bilhões aos 30 anos.
Atualmente, a soma da fortuna da família de Godoy Bueno é de US$ 12,3 bilhões (cerca de R$ 67,25 bilhões). As participações acionárias na DASA também fazem com que Camila e Pedro estejam bem posicionados no ranking da Forbes, na 14ª e 15ª posição, com fortunas de R$ 16,58 bilhões cada.