Probabilidade de reintrodução do auxílio emergencial está entre 30% e 40%, diz Eurasia
A Eurasia Group informou nesta sexta-feira (22) que a probabilidade de que haja a reintrodução do auxílio emergencial no Brasil está entre 30% e 40%.
De acordo com o diretor da consultoria no Brasil, Silvio Cascione, o que determinará se irá ocorrer uma nova rodada do auxílio emergencial é a evolução da segunda onda do vírus no País.
O diretor citou ainda os comentários feitos na última quinta-feira (21) pelos dois favoritos à sucessão da Câmara e do Senado, declarando que o perfil de quem vai ganhar a eleição no Legislativo não será um fator determinante para a manutenção do benefício.
“O que vai definir o futuro do auxílio é o agravamento ou não da pandemia. Não é a eleição do Congresso, mas se a pandemia vai causar um impacto mais significativo na atividade econômica, como vimos no ano passado”, disse.
“Ao contrário daquele momento, no entanto, temos visto autoridades mais cautelosas em sua forma de agir este ano, tentando controlar com medidas pontuais. Por outro lado, como este vírus é agressivo e o contágio cresce de forma exponencial, a gente não pode descartar”, completou Cascione.
Apesar da consultoria ainda atribuir probabilidade majoritária ao cenário em que o auxílio acabe não voltando, ela prevê que terá um custo menor ao Tesouro do que o formato como encerrou o último ano.
“Se houver reintrodução, ele deve ser mais curto na duração, o fato da vacinação já ter começado ajuda nesse sentido. Ele também deve ser limitado no valor ou no escopo. Não vão querer reabrir o caixa e voltar ao que estava sendo feito ano passado”, disse.
Mesmo assim, uma reedição do programa acabaria extrapolando o teto de gastos. “É difícil fazer caber, como o Lira tem defendido. Precisaria fazer cortes significativos no Orçamento. Por outro lado, romper o teto traria um senso de urgência maior pela aprovação de reformas de cunho fiscal para o médio e longo prazo”, informou o diretor ao falar sobre o auxílio emergencial.