Ibovespa cai 1,6% na abertura; cenário externo e avanço da Covid-19 no radar
O Ibovespa abriu em queda nesta sexta-feira (22), seguindo as bolsas mundiais que pausam o rali positivo observado nesta semana. Temas relacionados à situação fiscal do Brasil, assim como o avanço da pandemia do novo coronavírus (Covid-19), o que pode fazer com que São Paulo tenha novas restrições, ficam no radar dos investidores.
Por volta das 10h25, o Ibovespa recuava 1,61%, a 116.427 pontos. Dados econômicos também são destaque do dia, com o índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) de países da Europa demonstrando o impacto do vírus entre o fim do ano passado e este mês.
O PMI composto do Reino Unido, que conta com os setores industrial e de serviços, recuou de 50,4 em dezembro para 40,6 em janeiro. Esse é o menor nível em oito meses, de acordo com dados preliminares. Resultados acima de 50 aquivalem ao crescimento do segmento no período.
O país é fortemente impactado pela segunda onda da pandemia. O premiê Boris Johnson já cogita ampliar o novo estabelecimento de restrições para o início do verão, que se inicia em junho.
Por aqui, chama atenção positivamente a informação de que chegarão ao Brasil 2 milhões de doses da vacina desenvolvida pela AstraZeneca e a Universidade de Oxford. O imunizante está sendo produzido no Instituto Serum, na Índia.
Por outro lado, a reunião da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) com a União Química, realizada na última quinta, terminou sem um pedido de uso emergencial da Sputnik V, a primeira vacina da Rússia, no Brasil. O órgão informou que o encontro teve como fim “acompanhar e trocar informações com o laboratório sobre o desenvolvimento da vacina”.
Em razão do crescimento da doença no País, sobretudo em São Paulo, é esperado que o governador João Doria, em entrevista coletiva marcada para às 12h45 desta sexta, amplie as restrições de circulação na Grande SP. Hoje, a região está na fase amarela do ‘Plano São Paulo’, o que equivale um nível de gravidade 3 em uma escala até 5.
No front fiscal, os investidores seguem monitorando a disputa pela presidência do Senado. Ontem, o candidato apoiado pelo presidente Jari Bolsonaro, Rodrigo Pacheco, afirmou que é necessária a retomada da discussão sobre um auxílio aos mais necessitados em meio à pandemia.
Às 10h30, os contratos de juros futuros baseados no Depósito Interfinanceiro (DI) negociados na B3 para janeiro de 2022 caíam 0,88%, a 3,36%. Os papéis para janeiro de 2023 recuavam 1,16%, para 5,09%; para janeiro de 2025 caía 0,15%, a 6,65%; para janeiro de 2027, operam com uma alta de 0,27%, para 7,32%.
No mercado de commodities, o barril de petróleo Brent opera em forte queda no mercado futuro, com baixa de 2,64%, a US$ 54,59. O minério de ferro fechou em queda na Bolsa de Dalian, na China, cotado a 1.024,50 iuanes por tonelada, equivalente a US$ 158.
Destaques do Ibovespa
Por volta das 10h35, todos os papéis do Ibovespa operavam em queda. As baixas mais fortes são:
- IRB Brasil (IRBR3): -4,34%
- Braskem (BRKM5): -3,30%
- PetroRio (PRIO3): -3,18%
- Usiminas (USIM5): -3,04%
- Petrobras (PETR4): -2,98%
- CVC (CVCB3): -2,80%
- Cielo (CIEL3): -2,46%
Mercados internacionais
Veja o desempenho dos principais índices acionários no exterior, além do Ibovespa agora:
- Nova York (S&P 500) futuro: -0,71%
- Londres (FTSE 100): -0,81%
- Frankfurt (DAX 30): -0,66%
- Paris (CAC 40): -0,98%
- Milão (FTSE/MIB): -1,87%
- Hong Kong (Hang Seng): -1,60% (fechada)
- Xangai (SSE Composite): -0,40% (fechada)
- Tóquio (Nikkei 225): -0,44% (fechada)
Última cotação do Ibovespa
Da mesma forma que o Ibovespa hoje, o índice acionário encerrou as negociações na última quinta-feira com uma baixa de 1,10%, a 118.328,99 pontos.