Dólar cai 1,9%, a R$ 5,21, com expectativa por estímulos nos EUA e Fed
O dólar hoje encerrou a sessão em baixa de 1,9%, cotado a R$ 5,2097 na venda, puxado pela expectativa por novos estímulos nos Estados Unidos e pela fala do do presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), Jerome Powell.
O dólar hoje deu sequência ao movimento de quedas com os investidores à espera do pacote de estímulos nos Estados Unidos. De acordo com a rede de televisão norte-americana CNN, pessoas próximos ao presidente eleito Joe Biden disseram que o projeto pode chegar a US$ 2 trilhões (cerca de R$ 10,42 trilhões).
Contribuiu também a desvalorização da divisa americana, a sinalização do presidente do BC dos Estados Unidos, de que um aumento nos juros estão longe. Segundo o dirigente, um aperto monetário está longe de ser “iminente”.
Com isso, vejas as notícias que mexeram com a cotação do dólar hoje:
- Aumento de juros “não virá tão cedo”, diz Powell
- Mundo terá de viver com coronavírus “para sempre”, diz CEO da Moderna
- BCE: redução do juros teria efeito marginal sobre crescimento e inflação
Juros baixos nos EUA
O presidente do Fed falou sobre um possível aumento das taxas de juros, revelando que “essa hora não virá tão cedo”.
Segundo o chairman, os Estados Unidos estão longe de ter novamente um mercado de trabalho forte, ressaltando ainda que as políticas de dinheiro fácil do Federal Reserve permanecerão em vigor no futuro próximo. “Estamos muito longe do pleno emprego”, declarou Powell.
Covid ‘forever’
O CEO da Moderna (NASDAQ: MRNA), Stephane Bancel, alertou para a possibilidade que a covid-19 vai ficar por aqui “para sempre”. As informações são da CNBC.
Para o CEO da Moderna , a covid-19 deve se tornar endêmica, isto é, afetando um número significativo de pessoas em uma determinada região. “SARS-CoV-2 não vai a lugar algum”, ressaltou Bancel em painel de discussão na JPMorgan Healthcare Conference. “Nós teremos que viver com o vírus, pensamos, para sempre”.
BCE sobre redução dos juros
Segundo ata da última reunião de política monetária do Banco Central Europeu (BCE), os dirigentes consideraram que uma nova redução da taxa de juros teria efeito apenas marginal no crescimento e inflação da zona do euro.
Além disso, o programa de compra de ativos da pandemia (PEPP, na sigla em inglês), foi mais eficiente que os cortes de juros para dar suporte à economia durante a crise, informaram os dirigentes do BCE.
Segundo o documento, os dirigentes do Banco Central Europeu concordaram que a nova extensão do programa de compra de ativos está “em linha” com a duração prevista da crise, as dúvidas em relação à distribuição de vacinas e o retorno esperado da atividade ao nível pré-pandêmico.
Última cotação
Na última sessão, quarta-feira (13), o dólar encerrou em queda de 0,23%, cotado a R$ 5,31.