Nota de R$ 200: só 12,7% das cédulas previstas entram em circulação
O Banco Central (BC) colocou em circulação 12,7% do total de notas de R$ 200 previstas para o ano passado. Segundo informações da Folha de S.Paulo, a autoridade monetária adquiriu apenas 57,3 milhões de unidades — o equivalente a R$ 11,4 bilhões — até segunda-feira (12).
O dado contrasta aqueles anunciados na apresentação da nova cédula, no início de setembro de 2020, quando a autarquia havia informado que esperava uma produção de 450 milhões de notas de R$ 200 até 31 de dezembro, o que corresponderia a R$ 90 bilhões.
Na época, o BC disse que gastaria R$ 113,8 milhões a mais do que o previsto no orçamento anual para a produção de novas cédulas. A autoridade monetária ainda havia comunicado que imprimir mais 170 milhões de notas de R$ 100.
Para 2021 ainda não há previsão de quantas notas de R$ 200 o Banco Central planeja fabricar, tampouco uma projeção do desembolso que será necessário.
A razão de existência da nota de R$ 200
Ainda em meados do ano passado, o BC justificou a impressão da cédula de R$ 200 argumentando pela necessidade de fazer os recursos chegarem à ponta, devido à maior demanda por papel-moeda. Isso ocorre em razão do obstáculo encontrado pela autarquia para levar o dinheiro para a população, principalmente devido à criação do auxílio emergencial.
A emissão da nota de R$ 200 também foi defendida pela autoridade monetária em vista do fenômeno que caracterizou como entesouramento, isto é, quando o dinheiro em circulação na economia diminui. Esse fenômeno se deve tanto por conta do fechamento do comércio quanto pelo movimento das pessoas de guardar mais dinheiro em espécie.
A nota de R$ 200 se tornou a sétima cédula da família de notas do real, que é composta pelas notas de R$ 2, R$ 5, R$ 10, R$ 20, R$ 50 e R$ 100.