Valor de mercado do Mercado livre cresce 185% em meio à pandemia
O valor de mercado do Mercado Livre (NASDAQ: MELI) passou de US$ 27 bilhões (cerca de R$ 145 bilhões) para quase US$ 77 bilhões (cerca de R$ 415 bilhões), desde o início da pandemia do novo coronavírus (Covid-19) até agora. O movimento equivale a uma alta de 185%.
O movimento que fez o Mercado Livre crescer foi resultado da medida de isolamento social adotada para conter a pandemia, que fez com que as pessoas comprassem mais pela internet.
Frente a isso, a companhia argentina conseguiu ultrapassar nomes tradicionais da economia brasileira em valor de mercado, como a Petrobras (PETR4) e todos os grandes bancos. Alguns analistas de mercado consideram o e-commerce como uma grande competidora latina das gigantes globais Amazon e Alibaba.
Vale destacar que de janeiro a setembro de 2020 o total de usuários únicos ativos na plataforma dobrou para 112,5 milhões. Já o volume de vendas foi a US$ 14,36 bilhões, crescendo 42% em relação ao mesmo período do ano anterior.
O forte crescimento em todo o ano fez com que a ação da companhia negociada na Nasdaq passasse de US$ 550 para US$ 1,7 mil.
Estimativas de crescimento do Mercado Livre foram adiantadas
Além disso, o coo fundador da companhia, Stelleo Tolda, afirmou que o período de isolamento social, bem como o forte movimento de digitalização, fez com que as estimativas de crescimento traçadas pela empresa fossem adiantadas em dois anos.
O executivo ainda comentou que as vendas online no mercado brasileiro passaram de uma participação de 5% do total do varejo para 10%. “Esse é um movimento que veio para ficar. Olhando para outros mercados o número é próximo de 20%. Na China, onde o e-commerce tem mais penetração, está em 25%”, aponta ele.
Mercado Pago também foi impulsionado
O crescimento que veio com a pandemia também impulsionou a fintech do Mercado Livre, o Mercado Pago.
Foram cerca de sete milhões de novas contas abertas na esteira do auxílio emergencial. O crescimento ocorreu, ainda, em um momento em que a concorrência no setor bancário se acirrou. “Há muitos desbancarizados e sub-bancarizados no Brasil”, comenta o vice-presidente do Mercado Pago, Túlio Oliveira.
“Temos uma visão de longo prazo e sempre acreditamos nessa tese de que a tecnologia iria mudar a vida das pessoas. Essa mesma lógica nós estendemos para serviços financeiros”, afirma o coo fundador do Mercado Livre.
Com informações do Estadão Conteúdo.