Estados Unidos: quatro pessoas morrem e 52 são presas após invasão do Capitólio
Quatro pessoas morreram e 52 foram presas em Washington, capital dos Estados Unidos, após partidários do presidente Donald Trump invadirem o Capitólio, sede do Congresso americano, nessa quarta-feira (6). A informação foi dada por Robert J. Contee, chefe do Departamento de Polícia Metropolitana da região, em entrevista coletiva feita durante a madrugada.
Após os manifestantes invadirem o plenário para impedir a certificação da vitória do presidente eleito Joe Biden, a prefeita da cidade, Muriel Bowser, impôs um toque de recolher a partir das 18h00 (20h00 no horário de Brasília). 47 pessoas foram presas por infringirem a restrição de mobilidade.
Várias outras ainda teriam sido detidas por carregar armas de fogos sem licença ou proibidas. Bombas foram encontradas nas sedes dos comitês nacionais dos partidos Republicano e Democrata e um refrigerador com coquetéis molotov foi encontrado no terreno próximo à sede do congresso dos Estados Unidos.
Mulher morre dentro do Capitólio
Uma mulher, ainda não identificada, morreu dentro do Capitólio, atingida por um tiro durante a invasão. Outras três pessoas, segundo o chefe de policia de Washington, teriam morrido em decorrência de “emergências médicas”. 14 policiais foram feridos, sendo que dois deles ainda estão hospitalizados.
Com a violência dos protestos, as polícias de Washington e do Capitólio vêm sendo criticadas. Em junho do ano passado, as manifestações por George Floyd, bem menos violentas, tiveram números iniciais de presos bem mais altos. Além disso, a forças foram bem mais violenta no controle dos atos, utilizando balas de borracha, bombas de efeito moral e granadas de fumaça.
O FBI, durante a madrugada, pediu ajuda para identificar pessoas que estariam instigando a violência, seja por dicas, imagens ou vídeos.
Trump é suspenso do Twitter e tem postagens deletadas em outras redes
Após ter feito na manhã de ontem um discurso pressionando seu vice, Mike Pence, e convidando manifestantes a marcharem até o capitólio, Trump continuou a postar mensagens com conteúdo favorável aos invasores do Congresso, dizendo, por exemplo, que “os amava” e que eles eram “muito especiais”.
Mais de noite, o presidente afirmou que invasão e violência são resultados normais quando uma vitória eleitoral é fraudada.
Por conta das declarações, o Twitter, rede favorita de Trump, deletou suas postagens e o suspendeu por 12 horas, argumentando as mensagens incentivavam a violência. Caso o presidente volte fazer algo do tipo, segundo a rede social, ele poderá ser banido definitivamente.
Facebook e YouTube também apagaram uma das postagens do presidente, em vídeo, na qual ele tentava deslegitimar o resultado da eleição presidencial após a invasão do Capitólio.