Governo lança plano nacional de imunização contra covid-19

O governo federal lançou hoje, uma nova versão do plano nacional de imunização contra a Covid-19. Embora não traga uma estimativa de data para o início da vacinação, o documento diz que o governo já negocia 350 milhões de doses para 2021, suficiente para vacinar 175 milhões de pessoas.

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A nova versão do documento chama atenção ao citar a negociação da compra da Coronavac, desenvolvida pela chinesa Sinovac e pelo Instituto Butantã, iniciativa apoiada pelo governo do paulista João Doria.

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A versão anterior do plano trazia as vacinas de Oxford/AstraZeneca, Covax e Pfizer, mas o novo documento adicionou 38 milhões de doses da vacina da farmacêutica Janssen, que está em fase de testes no Brasil. Segundo o governo:

  • 3 milhões de doses da Janssen devem ser oferecidas no segundo trimestre de 2021.
  • 8 milhões no terceiro trimestre.
  • 27 milhões no quarto trimestre do ano que vem.

O governo mencionou também conversas com a Bharat Biotech, da Índia, com a Moderna, dos Estados Unidos, e a Gamaleya, da Rússia. O ministério declara ter pedido informações sobre preços, estimativa e cronograma, além de dados científicos dos estudos.

Segundo o documento, a vacinação no Brasil deverá ser concluída em 16 meses — quatro meses para vacinar grupos prioritárias e 12 meses para imunizar a população em geral.

Em cerimônia, no Palácio do Planalto, ao lado do presidente da República, Jair Bolsonaro, o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, destacou a capacidade do Brasil de produzir vacinas.

“O povo brasileiro tem capacidade de ter o maior sistema único de saúde do mundo, de ter o maior programa nacional de imunização do mundo, nós somos os maiores fabricantes de vacinas da América Latina. Somos referência na América Latina e estamos trabalhando”, disse o ministro.

Confira os grupos prioritários do plano nacional de imunização

O plano nacional de imunização apresentado pelo governo, prevê quatro grupos prioritários, que somam 50 milhões de pessoas.

O primeiro grupo é composto por:

  • trabalhadores da saúde (5,88 milhões)
  • pessoas de 80 anos ou mais (4,26 milhões)
  • pessoas de 75 a 79 anos (3,48 milhões)
  • e indígenas com idade cima de 18 anos (410 mil)

Já o segundo é formado por:

  • pessoas de 70 a 74 anos (5,17 milhões)
  • de 65 a 69 anos (7,08 milhões)
  • de 60 a 64 anos (9,09 milhões)

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Na terceira fase de grupo prioritários a previsão é vacinar 12,66 milhões de pessoas acima de 18 anos que tenham as seguintes comorbidades:

  • hipertensão de difícil controle
  • diabetes mellitus
  • doença pulmonar obstrutiva crônica
  • doença renal
  • doenças cardiovasculares e cerebrovasculares,
  • indivíduos transplantados de órgão sólido
  • anemia falciforme
  • câncer
  • obesidade grave

O quarto grupo é composto por :

  • professores do nível básico ao superior (2,34 milhões)
  • forças de segurança e salvamento (850 ml)
  • funcionários do sistema prisional (144 mil)

Ainda, o plano nacional de imunização prevê que a vacina da Pfizer será usada em profissionais de saúde capitais e regiões metropolitanas em contato direto com doentes de covid-19.

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Poliana Santos

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