Novo chefe da Caixa Econômica Federal sinaliza entrada no consignado e microcrédito

Pedro Guimarães, o novo presidente da Caixa Econômica Federal (CEF), anunciou que a instituição financeira entrará no mercado de cartões de crédito consignado, com a meta de atingir 20 milhões de cartões consignados em quatro anos.

Ao lembrar que a Caixa Econômica Federal possui 96 milhões de cartões de débito, Guimarães chamou de “inaceitável” o fato do banco não estar no mercado de cartões consignados.

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A entrada nesse segmento é uma das metas definidas por ele para a gestão à frente do banco. “Se eu não atingir (a meta), eu falhei. Mas vou cobrar muito de quem estiver nisso”, afirmou.

Como o valor da fatura é descontado da conta do cliente automaticamente, o banco tende a possuir maior garantia no pagamento. Assim, a taxa de juros torna-se menor no consignado do que em outros cartões.

O novo chefe adicionou que cogita parceria com o Banco do Brasil para operar microcrédito.

Demais pontos

Respondendo às especulações, o novo presidente descartou os planos de privatização do banco, e disse que o foco estará na abertura de capital de subsidiárias.

Exemplificando, Guimarães citou a Caixa Seguridade, que poderá dobrar sua lucratividade após dois anos de sua oferta inicial de ações (IPO) na bolsa.

O executivo também voltou a dizer que a estatal dará foco aos empréstimos a pequenas e médias empresas.

Para as grandes empresas, o novo chefe enxerga o mercado de capitais como alternativa satisfatória para provimento de financiamento.

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Já em relação à infraestrutura, Guimarães disse que “não vai ter financiamento de construir pontes que ligam nada a lugar nenhum”.

Ele enfatizou que irá priorizar projetos que sejam rentáveis para a instituição, e também benéficos para a sociedade.

O novo presidente da Caixa Econômica Federal pontuou que o banco tem a possibilidade de financiar a iluminação pública em mais de 500 cidades. Assim, poderá replicar nessa área a lógica de securitização de recebíveis que vê como futuro para o crédito imobiliário.

Amanda Gushiken

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