Sem S&P 500, bolsas mundiais fecham sem sinal único
Sem o S&P 500 ou qualquer outro dos índices acionários dos Estados Unidos como referência, as bolsas mundiais da Europa e da Ásia replicaram o retrato do mercado do dia anterior em meio à falta de liquidez.
Toda última quinta-feira de novembro o mercado já sabe: feriado de Thanksgiving nos Estados Unidos e nada de S&P 500, Dow Jones, Nasdaq ou qualquer índice de mercado. O volume diminui e os investidores operam sem o ecoo da maior economia do mundo. Hoje o cenário não foi diferente.
Nesse sentido, as bolsas mundiais continuaram atentas às notícias e ao escalar do desenvolvimento das vacinas contra a covid-19. O assunto desta sessão foi o erro de dosagem da vacina de Oxford, desenvolvida junto ao laboratório AstraZeneca.
No início da semana, saíramos resultados preliminares da vacina experimental inglesa, que apontaram uma eficácia de 90%, a depender da dosagem, com a AstraZeneca reconhecendo, em um segundo momento, o erro na dose recebida por alguns participantes do estudo.
Em vista disso, o jornal The New York Times, publicou uma reportagem destacando que a a comunidade científica se questiona agora se a eficácia da vacina se manterá a mesma em testes adicionas, à medida que cientistas e especialistas avaliam que o erro e uma série de outras irregularidades e omissões na maneira em como a AstraZeneca divulgou os dados inicialmente diminuíram a confiabilidade dos resultados.
Após a admissão do erro na dosagem, o CEO da farmacêutica AstraZeneca, Pascal Soriot, informou que vai, juntamente com a Universidade, realizar novos ensaios clínicos.
Bolsas da Europa fecham em queda em meio a cautela
As bolsas da Europa encerraram o pregão em leve baixa, após oscilar durante a sessão, em meio à falta de liquidez devido ao feriado Ação de Graças nos EUA. As incertezas geradas pela pandemia de covid-19 contribuem para a cautela.
- Europa (Stoxx 600 Europe): -0,12% – 391,63
- Londres (FTSE 100): -0,44% – 6.362,93
- Frankfurt (DAX 30): -0,02% – 13.286,57
- Paris (CAC 40): -0,08% – 5.566,79
- Milão (FTSE/MIB): -0,46% – 22.201,44
- Madri (IBEX 35): -0,74% – 8.104,60
Os mercados europeus estiveram atentos à declaração do economista-chefe do Banco Central Europeu (BCE), Philip Lane, destacando que o impacto macroeconômico da pandemia “provavelmente persistirá” mesmo depois que as condições de saúde melhorarem com a aprovação e distribuição de vacinas.
Além disso, o ministro das Relações Exteriores da Irlanda, Simon Coveney, descreveu nesta quinta que as conversas entre União Europeia (UE) e Reino Unido pelo Brexit estão muito difíceis.
Índices asiáticos em alta com esperanças de estímulos
Do outro lado do mundo, a percepção de que as principais economias globais e seus bancos centrais terão de gastar mais para financiar a recuperação da economia após a crise da covid-19 alimentou o rali na maioria das bolsas da Ásia.
- Hong Kong (Hang Seng): +0,56% – 26.819,45
- Xangai (SSE Composite): +0,22% – 3.369,73
- Tóquio (Nikkei 225): +0,91% – 26.537,31
- Seul (Kospi): +0,94 – 2.625,91
Entre os bancos centrais da Ásia, a mensagem de manutenção de estímulos foi ecoada pelo da Coreia do Sul. A instituição manteve o juro básico em 0,50% e, embora tenha elevado a projeção de crescimento do ano que vem de 2,8% para 3,0%, sinalizou taxas baixas até que a recuperação econômica se estabilize.
(Com informações do Estadão Conteúdo)