Após desconfiança dos cientistas, vacina de Oxford terá novos testes

Após a admissão do erro na dosagem da vacina de Oxford e a desconfiança na comunidade científica, o CEO da farmacêutica AstraZeneca, Pascal Soriot, informou nesta quinta-feira (26) que vai, juntamente com a Universidade, realizar novos ensaios clínicos.

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De acordo com Soriot, esses estudos não estavam previstos no cronograma e os novos ensaios irão testar uma dosagem menor da vacina de Oxford nos voluntários para medir sua eficácia. Os novos testes serão realizados em âmbito internacional e poderão ser mais rápidos que os anteriores devido a uma demanda menor no número de voluntários.

“Agora que nós descobrimos o que é mais eficaz nós temos de validar, então precisaremos de um estudo adicional“, disse o CEO da AstraZeneca.

AstraZeneca admite erro em dosagem na vacina de Oxford e cientistas desconfiam

O vice-presidente da AstraZeneca, Menelas Pangalos, informou na noite da última quarta-feira (25) que houve um erro de dosagem da vacina de Oxford. Segundo Pangalos, isso é irrelevante para a conclusão dos estudos, no entanto, a confiança do imunizante está na mira da comunidade científica.

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Nesta semana, especificamente na segunda-feira (23), os resultados preliminares apontaram que a vacina de Oxford apresentava uma eficácia de 90%, a depender da dosagem. No entanto, a AstraZeneca reconheceu o erro na dosagem do imunizante recebida por alguns participantes do estudo.

De acordo com o jornal norte-americano “The New York Times”, a comunidade científica se questiona agora se a eficácia da vacina se manterá a mesma em testes adicionas. Os cientistas e especialistas apontaram que o erro e uma série de outras irregularidades e omissões na maneira em como a AstraZeneca divulgou os dados inicialmente diminuíram a confiabilidade dos resultados.

Os especialistas apontam que essa quebra na confiança diminuem as chances dos reguladores dos Estados Unidos e de outros países aprovarem rapidamente o uso emergencial do imunizante. “Eu acho que eles abalaram a confiança no projeto de desenvolvimento como um todo”, disse ao jornal norte-americano, o analista de biofaramacêutica SVB Leerink, Geoffrey Porges.

O anúncio da vacina de Oxford aconteceu na segunda-feira sem a revisão de outros cientistas ou artigos publicados em revistas especializadas.

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Poliana Santos

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