A Braskem (BRKM5) estimou hoje custos adicionais em R$ 3 bilhões relativos ao desastre ambiental ocorrido em Alagoas, referentes à implementação de exigências da Agência Nacional de Mineração (ANM).
Em fato relevante enviado para a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a empresa informou hoje ao mercado que tomou conhecimento de um ofício da ANM sobre as medidas para encerramento das atividades de extração de sal em Maceió (AL), com o fechamento da mina, incluindo o preenchimento com material sólido de determinados poços de sal adicionais.
“Conforme já informado em outras oportunidades, a companhia vem implementando ações de preenchimento de quatro poços de sal com material sólido, processo que deve durar três anos, e de fechamento convencional e monitoramento dos seus demais poços de sal”, informou a empresa.
Segundo a Braskem, estas ações foram definidas com base em recomendações de instituições independentes e e”specialistas de renome nacional e internacionalmente”, e vêm sendo compartilhados com a ANM.
Braskem diz que custos adicionais podem sofrer alterações
Para colocar em prática as medidas definidas pela ANM e considerando as informações preliminares existentes até agora, a Braskem estima aproximadamente o valor adicional de R$ 3 bilhões em
custos e despesas, adicional aos valores já provisionados. “Tais custos e despesas adicionais, se confirmados, serão incorridos no longo prazo em razão da complexidade dos aspectos técnicos”, acresentou a empresa.
Além disso, a empresa acrescentou que o valor total pode ser “materialmente diferente” da estimativa preliminar” com base em diferentes fatores, incluindo o resultado das ações de monitoramento e preenchimento dos poços, potenciais determinações da ANM no futuro, dificuldades técnicas não esperadas ou custos ou fatores não previstos.
“Adicionalmente, a ANM poderá reavaliar as medidas estabelecidas no Ofício, inclusive dispensar o preenchimento de poços remanescentes em caso de estabilização do solo”, declarou a empresa. Por volta de 10h30, as ações da Braskem recuavam 1,42%, a R$ 23,61, enquanto o Ibovespa perdia 0,41%.
Editora do Suno Notícias desde outubro de 2020, é jornalista formada pela PUC-SP, com pós-graduação em jornalismo literário. Atua no mercado financeiro desde 2003, quando iniciou a carreira no jornal econômico DCI, cobrindo o setor de alimentos no caderno de Indústria. Foi trainee do jornal Valor Econômico, onde atuou no Caderno de Empresas por quase três anos. Lá, cobriu o setor de indústria, com foco em siderurgia, embalagens e aeroespacial. Fez coberturas setoriais em viagens para São José dos Campos e Franca (SP), além de coberturas internacionais na Alemanha e na Suécia. Trabalhou por cinco anos na Agência Estado/Broadcast, do Grupo Estado, onde foi repórter dos setores de mineração e siderurgia, alimentos e bebidas e finanças. Foi premiada como o prêmio Destaque de Reportagem da AE em 2007 e 2008. Além de atuar no serviço de notícias em tempo real, fez participações no caderno de Economia do jornal Estado de S.Paulo e na Rádio Eldorado. Ainda no Grupo Estado, foi editora assistente da editoria Empresas e Setores, atuando com edição e pauta, além de cobrir mercados diariamente com o cenário de bolsa e fazer reportagens especiais com foco em governança corporativa. Trabalhou também como correspondente de finanças no serviço da Thomson Reuters em português por quase um ano. Atuou por cerca de oito anos como jornalista independente, contribuindo para veículos como UOL Economia, Infomoney e Revista Você SA, além de ter trabalhado em projetos na área de conteúdo e comunicação de instituições financeiras como Anbima, Banco BS2, Banco Pine, Itaú BBA e EQI.