Ex-funcionário da Petrobras (PETR4) na mira da Lava Jato por propina
A Polícia Federal e o Ministério Público Federal deram início, nesta quinta-feira (26), a Operação “Sem Limites V”, 78ª fase da Lava Jato. O objetivo é intensificar as investigações contra um ex-funcionário da Petrobras (PETR4) sob suspeita de ter recebido propina de US$ 2,2 milhões.
O então colaborador da Petrobras teria recebido os valores entre 2009 e 2015, com o intuito de favorecer a trading company em negociações de aquisição de combustíveis pela petroleira. Agentes cumprem dois mandados de busca e apreensão em Angra dos Reis e Araruama, no Rio de Janeiro. As ordens judiciais foram expedidas pela 13ª Vara Federal de Curitiba.
De acordo com a Polícia Federal, o indivíduo investigado já foi alvo de medidas judiciais na 57ª fase da Operação Lava Jato, a Sem Limites, e, em função do avanço das investigações, é novamente objeto de mandados de busca e apreensão.
A Operação é baseada na delação de executivos ligados a companhia estrangeira investigada na Sem Limites. A fase mirou integrantes de organização criminosa responsáveis por crimes envolvendo a negociação de óleos combustíveis e outros derivados entre a Petrobras e trading companies estrangeiras.
Ex-funcionário da Petrobras teria participado de esquema criminoso
Segundo a PF, os delatores indicaram que o ex-funcionário da estatal teria recebido o dinheiro em espécie no Brasil e, em seguida, repartido com outros então funcionários da companhia, integrantes do esquema criminoso.
“Existem ainda indícios de que outras empresas estrangeiras também teriam pago vantagens indevidas ao ex-agente público relacionadas a operações de compra e venda de combustíveis marítimos com a estatal brasileira“, diz PF. A investigação tem vinculação direta com a seguintes fases da Lava Jato:
- Operação Sem Limites (57ª fase);
- Sem Limites II (71ª fase);
- Sem Limites III (76ª fase);
- Sem Limites IV (77ª fase).
As ofensivas receberam o nome em referência “à transnacionalidade dos crimes praticados que ocorreram a partir de operações comerciais envolvendo empresas estrangeiras e com pagamentos de propina no exterior”, aponta a investigação. Os então colaboradores da Petrobras podem responder pelos crimes de corrupção passiva, organização criminosa e de lavagem de dinheiro.
Com informações do Estadão Conteúdo.