EUA: economia pode encolher no 1º tri de 2021, aponta JPMorgan
A economia dos EUA deve recuar a uma taxa anualizada de 1% no primeiro trimestre do ano que vem em função das novas medidas de restrição em diversos estados para barrar a segunda de covid-19. É o que apontam os analistas do JPMorgan, segundo informações divulgadas pelo jornal “Valor Econômico”.
De acordo com relatório do JPMorgan desta sexta-feira (20), os analistas esperam um crescimento de 2,8% do Produto Interno Bruto (PIB) no quarto trimestre de 2020. O avanço viria depois de uma expansão de 33,1% na economia dos EUA no período entre julho e setembro.
Os Estados Unidos não possuem mais “o vento a favor” que os empurraram após a reabertura econômica, avaliaram os economistas do banco Michael Feroli, Jesse Edgerton e Daniel Silver.
Segundo os especialistas, a recuperação mais forte do que aquela esperada pelos analistas em razão do grande pacote de estímulos aprovado pelo Congresso no início da crise e da política monetária expansiva adotada pelo Federal Reserve (Fed).
O cenário era bem diferente do que vemos atualmente. Além da volta do coronavírus às ruas norte-americanas, o Parlamento se mantém em um impasse que já dura meses, enquanto democratas e republicanos divergem sobre qual deve ser o tamanho do próximo pacote de alívio.
Nesta sexta-feira, o secretário do Tesouro, Steven Mnuchin, sinalizou que poderia reabrir as discussões com a oposição, porém indicou que o projeto poderá ser menos ambicioso do que o desejado.
JPMorgan projeta crescimento dos EUA no 2T21 e 3T21
Não obstante o deslize previsto para o primeiro trimestre do próximo ano, o JPMorgan prevê um fortes crescimentos para os meses subsequentes, à medida que aumentam as possibilidades para a chegada das vacinas contra covid-19.
A expectativa dos analistas do banco também é de que aja acordo no Congresso para aprovar mais US$ 1 trilhão (cerca de R$ 5,3858 trilhões) em apoio fiscal à economia dos EUA até o fim de março de 2021, o que apoiaria o crescimento no meses seguintes.