EUA: Mnuchin recusa estender programas de empréstimos de emergência do Fed

O secretário do Tesouro dos EUA, Steven Mnuchin, informou nesta quinta-feira (19) que não apoia o plano de estender os programas de empréstimos de emergência estabelecidos em conjunto com o Federal Reserve (Fed), que devem expirar em 31 de dezembro.

Segundo Mnuchin, os programas de crédito corporativo e empréstimos municipais do Fed não serão renovados. Enquanto o presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, indicou em comentários na última terça-feira (17) que não achava apropriado permitir que os programas nos EUA expirassem.

“O Fed estará fortemente empenhado em usar todas as nossas ferramentas para apoiar a economia pelo tempo que for necessário até que o trabalho seja bem feito”, declarou Powell. “Quando chegar a hora certa, e eu não acho que essa hora seja ainda ou muito em breve, vamos guardar essas ferramentas”, concluiu.

Mnuchin disse nesta quinta-feira em uma carta à Powell que as instalações, protegidas pelo Tesouro com fundos autorizados, “claramente alcançaram seu objetivo.” Os volumes de emissão de títulos, que despencaram em março, voltaram aos níveis anteriores à Covid-19, juntamente com os spreads de empréstimos.

“Os bancos têm capacidade de empréstimo para atender às necessidades de empréstimos de seus clientes corporativos, municipais e sem fins lucrativos”, pontuou.

EUA: pedidos de seguro-desemprego aumentam com avanço da covid

O Departamento de Trabalho dos EUA informou nesta quinta-feira (19) que 742.000 americanos entraram com pedido de seguro-desemprego pela primeira vez na última semana, com o número de novos solicitações aumentando pela primeira vez em cinco semanas, enquanto o país registra um aumento recorde de casos do coronavírus (Covid-19) e novas restrições.

Os pedidos de auxílio-desemprego semanais subiram para 31.000, junto com um aumento de 23.863 nos pedidos de assistência federal ao desemprego pandêmico, disse o Departamento de Trabalho dos EUA. O relatório mostrou aumentos nas reivindicações de desemprego em Louisiana, Texas e Massachusetts, enquanto Illinois, Flórida e Nova Jersey registraram os maiores declínios.

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No geral, 20,3 milhões de americanos ainda estão recebendo algum tipo de auxílio-desemprego desde que a crise começou em março no país, segundo dados divulgados com atraso de duas semanas.

Diante disso, os dados sugerem que a recuperação econômica e do mercado de trabalho dos EUA está sendo prejudica pelo aumento das infecções. O país está vivenciando um novo aumento nas infecções por coronavírus, com 163.075 novos casos relatados na última quarta-feira (18).

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Rafaela La Regina

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