S&P 500 sobe 0,39% enquanto bolsas internacionais fecham majoritariamente em queda

O velho ditado diz que toda moeda tem dois lados e quando falamos de bolsas internacionais são várias as repercussões desses dois lados. Se do outro lado do mundo os índices asiáticos fecharam o dia majoritariamente em queda e o vermelho tomou conta das bolsas europeias, não foi isso que parou o S&P 500.

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O cenário desta quinta-feira (18) é distinto daquele visto no pregão anterior, quando o S&P 500 e os principais índices norte-americanos encerraram em queda e os benchmarks europeus e asiáticos fecharam, em sua maioria, em alta.

Ao levantar da cama hoje, os investidores ao redor do mundo tiveram de precificar duas notícias bem diferentes. Por um lado, os dados da covid-19 continuam a crescer. Fora mais de 623 mil novos casos de infecção pelo novo coronavírus registradas ontem, de acordo com dados da Universidade Johns Hopkins, um aumento em relação ao já alto número de casos da quarta-feira passada.

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Desse modo, o debate parou há muito de ser como evitar uma segunda onda e virou para como conter a segunda onda. O prefeito de Nova York, Bill de Blasio, decretou a volta do fechamento temporário das escolas a partir desta quinta-feira, ao menos até o fim deste mês; enquanto na Alemanha, o governo impôs novas restrições após o Parlamento aprovar uma reforma que formaliza medidas como o uso de máscara, a limitação do contato social e o fechamento de bares e outros estabelecimentos quando necessário.

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Vacinas contra covid-19

Do outro lado da moeda, as notícias positivas sobre possibilidade de uma vacina contra a covid-19 continuam a aparecer. Nos últimos dias, vimos a Pfizer (NYSE: PFE; B3: PFIZ34), em duas ocasiões, anunciar resultados positivos em relação à eficácia de vacina; a Moderna (NASDAQ: MRNA; B3: M1RN34) e o laboratório chinês Sinovac (NASDAQ: SVA) foram outros que comunicaram informações positivas sobre seus respectivos imunizantes.

E hoje foi a vez da vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford e pela AstraZeneca (LON: AZN; B3: A1ZN34). Um novo estudo inundou o noticiário nesta quinta-feira após indicar que o produto gerou uma forte resposta imunológica em pessoas mais velhas e idosas.

Os pesquisadores salientaram que esperam divulgar os resultados dos testes com a vacina até o Natal.

Dow, S&P 500 e Nasdaq no azul

Quando se trata dos Estados Unidos, toda moeda tem três lados. Os principais índices acionários cederam ao sentimento de otimismo provocado pela esperanças de novos estímulos, o que acabou ofuscando certa parte dos temores em relações à volta dos bloqueios.

O mercado foram estimulados após o líder da minoria do Senado, Chuck Schumer, dizer que outro líder, dessa vez da maioria no Senado, Mitch McConnell, concordou em retomar as negociações para a elaboração de uma novo pacote de ajuda à economia norte-americana.

Bolsas europeias recuam

Os investidores europeus, por sua vez, não se animaram com as notícias da AstraZeneca. Nem mesmo a fala de Christine Lagarde, presidente do Banco Central Europeu (BCE), de que novos estímulos monetários chegarão em dezembro foi o bastante.

  • Europa (Stoxx 600 Europe): -0,75% – 387,60
  • Londres (FTSE 100): -0,80% – 6.334,35
  • Frankfurt (DAX 30): -0,88% – 13.086,16
  • Paris (CAC 40): -0,67% – 5.474,66
  • Milão (FTSE/MIB): -0,40% – 21.536,24

Em contrapartida, outra colocação de Lagarde colou com os mercados europeus. A dirigente da autoridade monetária afirmou que a expectativa é de que a segunda onda de infecções impacte “gravemente” a economia europeia.

“Embora as últimas notícias sobre a vacina pareçam encorajadoras, o recente aumento nos casos de coronavírus e a reimposição associada de uma série de medidas de contenção estão aumentando o nível já elevado de incerteza e representam um sério desafio para a zona do euro e a economia global”, salientou Lagarde.

As ações da AstraZeneca fecharam o dia em queda de 0,67%, cotada a 8.125,00 libras.

Ásia fecha sem direção única

No continente asiático, o predomínio foi de vermelho. As bolsas repercutiram as notícias do dia anterior, ou seja, os mercados de Wall Street em baixa, o aumento dos casos de covid-19 e as novas medidas de restrição, notícias que ofuscaram o anúncio da Pfizer.

  • Hong Kong (Hang Seng): +0,49% – 26.544,29
  • Xangai (SSE Composite): +0,22% – 3.347,30
  • Tóquio (Nikkei 225): -1,10% – 25.728,14
  • Seul (Kospi): +0,07% – 2.547,42

Na China, diferentemente de outras bolsas internacionais, seguiu o otimismo amparando na esperança de que no cenário de segunda onda o país será menos afetado.

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Arthur Guimarães

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