Bolsas internacionais fecham sem sinal único com novas notícias sobre vacina

As bolsas internacionais fecharam a sessão desta quarta-feira (18) sem sinal definido, com as europeias em alta após as notícias positivas sobre a vacina da Pfizer (NYSE: PFE; B3: PFIZ34), enquanto as norte-americanas viraram para baixo no período da tarde com a repercussão negativa das medidas restritivas.

Os mercados no exterior amanheceram com a boa notícia de que os resultados finais do teste da vacina da Pfizer, desenvolvida em parceria com a alemã BioNTech, apresentaram uma eficácia de 95% e se mostrou segura para imunização. O anúncio serviu de combustível para as bolsas internacionais engatarem uma alta no pregão.

A farmacêutica norte-americana informou que vai pedir a aprovação da Food and Drug Administration (FDA, órgão regulador dos Estados Unidos) para a utilização emergencial da vacina em poucos dias.

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O comunicado da Pfizer vem na esteira de diversas notícias positivas sobre a resposta de imunizantes. Na última semana, a própria Pfizer já havia divulgado dados preliminares promissores, enquanto a Moderna (NASDAQ: MRNA; B3: M1RN34) apresentou na última segunda-feira (16) informações de que sua vacina possui uma eficácia de 94,5%.

Bolsas internacionais repercutem bloqueios

Apesar da lista de notícias positivas no que tange às vacina experimentais contra a covid-19, os investidores continuam atentos ao aumento dos casos da doença ao redor do mundo e à volta das medidas de bloqueio para tentar conter a segunda onda.

De acordo com dados da Universidade Johns Hopkins, na última segunda-feira, foram registrados mais 609 mil casos de infecção pelo coronavírus, sendo quase 162 mil apenas nos Estados Unidos.

Bolsas Internacionais
Gráfico de casos diários da Universidade Johns Hopkins. (Disponível em: https://coronavirus.jhu.edu/map.html)

Mais de 11.115 mortes pela covid-19 foram registradas na última terça-feira, atingindo um novo recorde global, segundados informações da instituição.

E para frear o ritmo de contágio, os governos continuam a impor novas medidas restritivas. Nesta quarta-feira, o prefeito da cidade de Nova York, Bill de Blasio, anunciou que escolas públicas do município voltarão a fechar as portas por conta do crescimento repentino de casos.

Fechamento dos mercados americanos

Foi com isso em mente que os principais índices acionários dos Estados Unidos operaram em um vai-não-vai neste pregão. O otimismo depois do anúncio da Pfizer, no entanto, não foi o bastante para manter Wall Street no azul.

Todos os principais benchmarks das bolsas norte-americanas encerram no vermelho à medida que os temores relacionadas a novos bloqueios ofuscaram as notícias promissoras sobre vacinas. As ações da Pfizer fecharam em alta de 0,78%, a US$ 36,32.

Fechamento das bolsas europeias

As bolsas internacionais da Europa tiveram um destino diferente. Embora o continente também continue a apresentar números crescentes de infecção e a anunciar novas medidas para conter a segunda onda, todos os índices acionários fecharam a sessão em alta.

  • Europa (Stoxx 600 Europe): +0,45% – 390,56
  • Londres (FTSE 100): +0,31% – 6.385,24
  • Frankfurt (DAX 30): +0,52% – 13.201,89
  • Paris (CAC 40): +0,52% – 5.511,45
  • Milão (FTSE/MIB): +0,87% – 21.622,66

Além do comunicado da Pfizer, saiu o dado de inflação da zona do euro, que anotou uma queda de 0,3% em outubro, ante mesmo período de 2019, mas crescendo 0,2% na comparação trimestral. O resultado veio em linha com a expectativa dos analistas.

Fechamento dos índices asiáticos

Por fim, os mercados orientais encerram sem direção única no pregão, precificando a queda em Wall Street no dia anterior e os temores em relação aos impactos da pandemia.

  • Hong Kong (Hang Seng): +0,49% – 26.544,29
  • Xangai (SSE Composite): +0,22% – 3.347,30
  • Tóquio (Nikkei 225): -1,10% – 25.728,14

Além disso, os investidores repercutiram o resultados das exportações do Japão, em queda no mês de outubro, e os gastos do varejo nos Estados Unidos mais fracos do que o previsto.

Ao contrário de outras bolsas internacionais, as asiáticas não tiveram a chance de precificarem as novas notícias sobre a vacina da Pfizer.

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Arthur Guimarães

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