Vittia Fertilizantes entra com pedido de IPO na B3
A Vittia Fertilizantes e Biológicos protocolou ontem um pedido de oferta pública inicial de ações (IPO) na Comissão de Valores Mobiliários (CVM). A oferta será dívida em primária, quando recursos vão para o caixa da companhia, e secundária, quando vão para os acionistas vendedores.
Quem lidera a oferta é o banco Morgan Stanley, que dividirá esforços com a XP Investimentos, com o Itaú BBA, braço de investimentos do banco Itaú Unibanco (ITUB4) e com o Citigroup. A oferta, segundo a minuta, será realizada no Brasil, mas, o Morgan Stanley procurará investidores institucionais americanos para a Vittia Fertilizantes.
A companhia tem um capital social de cerca de R$ 145 milhões e é holding das empresas Biosoja, Samaritá, Granorte e Biovalens. Ela tem entre seus principais acionistas o Brasil FIP, a WFR Participações, a FGR Participações, Henrique Monteiro Ferro e Edgar Zanotto. O total de ações que será ofertado ainda não foi divulgado, nem a porcentagem que será oferecida de forma primária e secundária.
A Vittia vem exercendo uma estratégia de crescimento. Em agosto de 2020, celebrou contrato de compra de 75% Vitoria Fertilizantes S/A. Além disso, neste ano, incrementou seus investimentos em ativos em 86% na comparação com 2019.
Os papéis serão negociados no Novo Mercado da B3, nível máximo de governança corporativa brasileira, e a companhia se encontra em fase de obtenção de registro como emissora de valores mobiliários.
Fundanda em 1971, no interior de São Paulo, a Vittia afirma ser um dos maiores produtores de defensivos biológicos e fertilizantes do país e que sua receita líquida cresceu 27% entre 2017 e 2020, passando de R$ 376 milhões para R$ 478,7 milhões. Já o lucro líquido, saltou de R$ 32,7 milhões em 2017 para R$ 81,9 milhões no período de 12 meses findos em setembro de 2020.