Operação entre Stone e Linx agrada bancos; Goldman Sachs reitera compra

Na última terça-feira (17), os acionistas da Linx (LINX3) aprovaram em assembleia a proposta de compra da Stone (NASDAQ: STNE). O negócio, segundo o Credit Suisse, é positivo para a Stone. O Goldman Sachs enxerga da mesma forma, e reitera a recomendação de compra das ações da empresa.

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“Vemos o negócio como positivo para a Stone, pois entendemos que pagou um preço justo e deu um passo importante na estratégia da empresa de se tornar uma plataforma de comércio completa para comerciantes de todos os tamanhos”, disse o Credit Suisse.

De acordo com o Credit Suisse, a compra ajudará a Stone na criação de valor ao fornecer produtos financeiros aso 70 mil clientes da Linx. Além disso, será ampliada a oferta de softwares para a base de clientes da Stone, “adaptando as soluções da Linx para atender às necessidades de pequenos estabelecimentos”.

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O banco também pontua como ponto positivo o fornecimento de ferramentas aos comerciantes para se adaptarem a uma nova operação de varejo omnicanal, através da combinação das soluções digitais da Linx e da plataforma fintech como serviço da Stone.

Ademais, a instituição também citou que a expansão dos negócios da Linx Pay será relevante para o negócio. “A Stone entende que existe uma oportunidade de oferecer serviços bancários e de adquirência aos varejistas de médio e grande porte da Linx”. Segundo o banco, a estratégia seria oferecer uma proposta de melhor valor combinado com as soluções da Linx e da Stone e não competir com preços agressivos.

O Credit Suisse, no entanto, salienta que o negócio ainda está sob supervisão do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), o que pode levar alguns meses para ser aprovado, mesmo que com algumas pequenas alterações nos termos acordados entre as partes.

Goldman Sachs recomenda compra de Stone

O Goldman Sachs também enxerga como positivo o negócio para a Stone. O banco de investimento lembra que, segundo a Stone, o negócio poderá começar a dar resultado a partir do ano que vem, “dadas as sinergias potenciais de venda cruzada de pagamento e software”, sobretudo com margens Ebitda para pagamentos muito superiores ao registrado pela Linx nos últimos 12 meses.

A instituição reiterou sua recomendação de compra das ações da Stone, com preço-alvo de US$ 70 para os próximos 12 meses. O papel está negociando a 55,4 vezes os lucros projetados para 2021, enquanto o valuation do banco diz que poderá negociar a 61,4 vezes os lucros.

No entanto, o Goldman Sachs ressalta que a tese para Stone possui riscos e desvantagens. Alguns deles seriam o aumento da competição no setor, altas despesas oriundas de grandes investimentos no negócio, falha na execução de novos produtos e serviços bancários e de crédito, além das fracas perspectivas econômicas que podem trazer menores volumes.

Últimas cotações

Por volta das 12h18, as ações da Linx operavam em alta de 0,36% no pregão desta quarta-feira (18), negociadas a R$ 36,15. Os papéis da Stone, por sua vez, são cotados a US$ 67,12, com um avanço de 0,49%.

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Jader Lazarini

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