Azul (AZUL4) informa ter concluído em setembro a renegociação de dívidas
O presidente da Azul (AZUL4), John Rodgerson, informou nesta segunda-feira (16) que a companhia concluiu em setembro as renegociações de dívidas. Segundo o executivo, a empresa conseguiu postergar prazos mantendo o valor principal da dívida.
Diante disso, a Azul deve pagar R$ 425 milhões de amortização de dívidas até o fim de 2021, ao passo que anteriormente a quantia era de R$ 1,07 bilhão.
Para 2022, os vencimentos aumentam para R$ 924 milhões, ante R$ 683 milhões previstos antes das negociações. Já em 2023, a amortização é de R$ 1,21 bilhão, contra previsão anterior de R$ 810 milhões.
Enquanto para 2024, o valor a ser amortizado segue o mesmo, em R$ 2,46 bilhões e, após essa data, restam ainda R$ 154 milhões em amortização.
De acordo com Rodgerson, a liquidez imediata da Azul ampliou em R$ 50 milhões, totalizando R$ 2,3 bilhões. “Tudo isso foi resultado efetivo do nosso plano de retomada. Estou confiante na nossa posição de liderança e nas vantagens
competitivas que temos”.
Além disso, o presidente citou o acordo com a Latam Airlines, que prevê o compartilhamento de voos e envolve a combinação de 151 rotas combinadas e sem escalas. “O acordo com a Latam é uma oportunidade única para a Azul se fortalecer e alcançar um novo patamar após a crise”, informou.
Recuperação da Azul
O vice-presidente de vendas da empresa, Abhi Shah, revelou que a recuperação da demanda da Azul tem sido maior do que o previsto inicialmente. “O fim de semana de 7 de setembro foi o primeiro feriado em que vimos uma volta muito forte dos clientes. Nos feriados de outubro e novembro também tivemos recordes de vendas desde o início da pandemia”.
Segundo o executivo, as vendas de passagens para esses feriados ficaram parecidas em faturamento com 2019, ressaltando ainda que a recuperação tem sido mais acelerada em destinos turísticos, como as praias do Nordeste, e em cidades focadas no agronegócio. “Esperamos continuar vendo evolução em vendas durante a temporada de verão”, disse.
Em relação ao mercado doméstico, 80% das reservas de viagens para o quarto trimestre são de passagens vendidas recentemente e 20% são remarcações de viagens canceladas no início da pandemia do coronavírus, o que mostra um sinal de aquecimento da demanda, anunciou a empresa.
Ao passo que, “Em relação a voos internacionais, estamos preparados para retomar voos para Orlando nas próximas semanas”, afirmou Abhi Shah. O executivo da Azul reforçou ainda que o fluxo de voos internacionais apresenta uma recuperação lenta, em função das restrições de fronteiras levantadas por diferentes países.