Braskem (BRKM5): Petrobras faz lista de pedidos à Odebrecht, diz O Globo
A potencial venda das parcelas da Petrobras e da Odebrecht na Braskem (BRKM5) para investidores poderá andar com uma nova lista de pedidos feito pela petroleira à sua sócia na petroquímica. As informações são da coluna do Lauro Jardim, no O Globo.
De acordo com a publicação, a estatal comandada por Roberto Castello Branco enviou quatro sugestões para melhorar a governança e reduzir riscos da Braskem e tentar, assim, destravar a venda. A Braskem está na lista de desinvestimentos da Petrobras, que quer se desfazer dos papéis na Bolsa de Valores de São Paulo (B3).
A lista de pedidos da Petrobras inclui:
- Regularização de todos os passivos ambientais, inclusive o desastre no afundamento do solo em Maceió
- Listagem das ações no Novo Mercado, com o fim dos papéis preferenciais
- Esclarecimento de novas denúncias de corrupção no México
- Troca do diretor financeiro Pedro Freitas por um profissional de mercado, em decisão conjunta com a Petrobras
Em maio, em live realizada pela Genial Investimentos, o presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, disse não ver sentido em ser sócio da Odebrecht na Braskem.
“Não há sentido nenhum em a Petrobras ser sócia da Braskem. Primeiro, a Petrobras não é fundo de investimento. Nós não operamos a Braskem, temos apenas participação acionária”, defendeu.
Na época, Castello Branco acreditava que a venda da parcela da Petrobras na Braskem poderia ser realizada até o final deste ano ou no início de 2021.
A Odebrecht possui 50,1% do capital com direito a voto da Braskem e tem a Petrobras como sócia com 47,0% das ações votantes. Outros investidores possuem os 2,9% restantes.
No capital total, a holding da família Odebrecht possui 38,3% das ações, enquanto a Petrobras detém 36,1% e os demais investidores, incluindo as ações negociadas em bolsa, 25,5%.
Braskem tem prejuízo de R$ 1,4 bi com provisão em Alagoas
No release de resultados, a Braskem detalhou a situação referente ao acidente geológico de Alagoas. Segundo a empresa, foi feita uma provisão de R$ 3,383 bilhões em 31 de dezembro de 2019. Em 30 de setembro, no entanto, a provisão foi aumentada para R$ 7,911 bilhões.
A Braskem afirma que os valores podem sofrer novas atualizações no futuro. “No presente momento, ainda não é possível prever o desfecho desses estudos ou sua potencial implicação em desembolsos adicionais aos gastos já provisionados pela companhia”, afirma.