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R$ 9 mil em uma figurinha? Procon-SP está de olho

B3 não deve ser afetada pelo calendário da Copa - Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

B3 não deve ser afetada pelo calendário da Copa - Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

Desde o lançamento do álbum de figurinhas da Copa no Catar, as chamadas “figurinhas raras” do álbum têm sido anunciadas por preços exorbitantes.

Uma tabela de preços tem circulado na internet com valores que variam de R$ 10 a R$ 7,6 mil em cromos, dependendo do design e jogador de cada figurinha.

E quando o primeiro colecionador anunciou a figurinha dourada de Neymar (design supostamente mais raro e, portanto, mais cobiçado) na internet por R$ 9 mil, se instaurou uma verdadeira febre.

Também puderam ser encontradas a figurinha do português Cristiano Ronaldo sendo vendida a quase R$ 10 mil e a do argentino Lionel Messi por R$ 9 mil. As figurinhas dos jogadores Jude Bellingham (Inglaterra) e Almoez Ali (Catar) saíam por R$ 3 mil e R$ 1 mil, respectivamente.

Mas muitos colecionadores têm tido dificuldades de colocar esses valores em prática. Na vida real, acabam sendo poucos os interessados em dar milhares de reais pelas figurinhas.

O engenheiro de produção Luiz Augusto Figueira, que encontrou a figurinha do Neymar (na versão bordô), e, vendo o anúncio de R$9 mil, ofereceu o cromo em um site de vendas por mais de R$1 mil, já que a categoria era mais baixa.

Ao portal O Globo, ele contou que não recebeu nenhuma proposta.

“Conversei com uns amigos esses dias e vejo muita gente anunciando, mas não vi ninguém comprando por esses preços absurdos. A minha vale R$760, é um bom dinheiro, mas acho que prefiro ter e colar no meu álbum” contou.

Figurinhas estão na mira do Procon

Toda essa movimentação chamou a atenção do Procon-SP.

Em entrevista à Veja, Guilherme Farid, diretor da instituição, afirmou que o órgão está de olho na situação, já que o estado de São Paulo, por lei, proíbe campanhas que distribuam cromos raros ou carimbados.

“O Procon está avaliando a questão da oferta das figurinhas extras e pode vir a questionar a empresa a respeito disso”, disse.

A dúvida recai se as figurinhas extras impressas pela Panini podem ser considerada “raras”, já que a lei não define a quantidade de cromos impressos que se enquadra no critério.

Segundo a legislação, as infrações envolvendo as figurinhas, se comprovadas, poderão implicar multa à Panini.

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