Após o mercado de fintechs ganhar fôlego e se consolidar na vida do brasileiro, a startup 88i acredita que ocorrerá uma onda de crescimento das insurtechs – startups de seguros – nesta década.
Com foco no ecossistema digital, a companhia surfa uma tendência que vem junto com avanços regulatórios – já que há integração do Open Banking com o Open Insurance (compartilhamento de de dados dos usuários de seguradoras).
Indo do mercado tradicional, com produtos de saúde, até seguros de golpe do pix, a 88i prevê uma década próspera para o setor.
“Quando comparamos bancos com seguradoras, as seguradoras geralmente ficam dez anos atrás dos bancos em termos de tecnologia. Podemos fazer o comparativo entre fintechs e insurtechs. O mercado de fintechs no Brasil já se desenvolveu e se consolidou. Agora as insurtechs aparecem com mais força” frisa Rodrigo Ventura, fundador da startup.
A empresa oferece seguros para produtos como smartphones, televisores e outros aparelhos conectados à internet. Além disso, entre seus produtos está um seguro para perda de renda, voltado para profissionais de aplicativos.
“Trabalhamos com seguros em alguns pilares, sendo a vida digital um deles, entendendo que é a sua vida em interface, videogame, celular, TV, qualquer produto com internet. Depois, vamos para a vida, saúde e bem-estar, começamos com acidentes pessoais, vida, invalidez, despesa odontológica, e assistência saúde por tele medicina”. afirma.
A startup oferece descontos em farmácia e em exames. “Não é um plano de saúde, mas é uma assistência, que democratiza o acesso e que não deixa ninguém refém do SUS”, diz Ventura.
Maior apetite do mercado
Com a nova onda no setor, a expectativa é de que os aportes de capital (que já crescem no setor) sejam cada vez maiores.
“O aumento de aportes nas fintechs já aconteceu e agora este setor ficou caro. A onda da vez são as insurtechs, pois existe a oportunidade de pegar boas seguradoras no começo. Daqui a 10 anos, você terá outro Nubank ou outro Inter nas seguradoras”, afirma.
O segmento deve crescer mais, segundo Gabriel Sidi, sócio-fundador da DOMO Invest, pois há uma demanda represada pela entrada no capital de startups de um modo geral.
“De modo geral, o Brasil tinha ficado para trás setor de venture capital e, agora que essa onda chegou à América Latina, o mercado vem tirando o atraso. Hoje existem várias startups que estavam beirando seu IPO e se consolidaram”, disse no painel “A Visão dos Investidores sobre Insurtech” em evento da AWS, do qual a 88i também participou.
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