Dólar bate novo recorde e fecha cotado em R$ 5,326
O dólar encerrou nesta sexta-feira (3) em alta de 1,14%, negociado a R$ 5,326 na venda, batendo um novo record nominal.
Confira as noticias que movimentaram o mercado nessa sexta-feira:
- Taxa de desemprego nos EUA sobe para 4,4% devido a crise do coronavírus;
- FMI diz que o mundo entrou em recessão mundial por causa da pandemia;
- Oxford Economics prevê que PIB do Brasil vai cair 2,7% em 2020.
Desemprego nos EUA sobe para 4,4%
A taxa de desemprego nos Estados Unidos saltou de 3,5% para 4,4% em março. O aumento no número de desempregados do país norte-americano foi puxado, principalmente, pelo avanço da pandemia de coronavírus (Covid-19). Os dados foram divulgados nesta sexta-feira, pelo Departamento do Trabalho dos EUA.
A alta no número de desempregados no país quebrou um crescimento do emprego que já durava 113 meses. De acordo com o Departamento do Trabalho dos EUA, as empresas cortaram mais de 700 mil vagas em março.
Saiba mais: Desemprego nos EUA sobe para 4,4% puxado pela crise do coronavírus
No último mês, muitas empresas tiveram que fechar as portas por tempo indeterminado devido a ordens de autoridades por conta da disseminação do coronavírus.
A taxa de desemprego não crescia tanto desde setembro de 2010, último mês antes de uma série recorde de ganhos de emprego. A previsão para o desemprego nos EUA em março era de 3,8%.
FMI afirma recessão mundial causada pela crise do coronavírus
A diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva, informou que o mundo entrou em recessão e que a pandemia do novo coronavírus gerou uma crise como nenhuma outra.
Além da diretora do FMI, o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS) também participou da declaração e salientou a importância de combater primeiro o vírus e então continuar a atividade econômica.
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A diretora do Fundo disse que a economia nunca havia parado como parou durante essa pandemia e acrescentou “esta é a hora mais sombria da minha vida, uma grande ameaça para o mundo inteiro, e exige que nos defendamos e nos unamos”.
Além disso, a representante da organização informou que mais de 90 países já recorreram a empréstimos emergenciais. Os pedidos tem o objetivo de amenizar os impactos da crise causada pela pandemia do coronavírus.
Oxford Economics diz que PIB do Brasil vai cair 2,7% em 2020
O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil deveria encolher 2,7% em 2020 por causa da pandemia de coronavírus. É essa a previsão realizada pela consultoria britânica Oxford Economics, e divulgada nesta sexta-feira.
Segundo Joan Domene, economista da Oxford Economics, a implementação de bloqueios e medidas de isolamento social aumentarão o custo econômico da crise, com uma repercussão negativa sobre o PIB deste ano.
Além do PIB do Brasil, projetado anteriormente em expansão de 0,3%, foram alteradas as previsões do crescimento de toda a América Latina, que deveria sofrer uma redução de 3,4% este ano.
Além da Oxford Economics, outras instituições financeiras estão revendo suas previsões sobre o PIB. Por exemplo, o Bank of America (BofA) informou que o PIB do Brasil deve cair até 3,5% em 2020, devido a pandemia do novo coronavírus.
Por sua vez, o Departamento das Nações Unidas para Assuntos Econômicos e Sociais (DESA, na sigla em inglês) prevê uma contração do PIB do Brasil de pelo menos 0,3% em 2020.
Última cotação do dólar
Na última sessão, quinta-feira, o dólar encerrou em alta de 0,09%, cotado a R$ 5,266 na venda.