Uma pesquisa do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (IEDI) mostra como 40% da indústria terminou 2018 em crise.
Segundo a pesquisa, divulgada pelo jornal “O Estado de S.Paulo”, esse 40% dos segmentos industriais acumulou uma queda na produção maior que 1% em relação a 2017. Outros 14 segmentos da indústria brasileira ficaram estagnados no ano passado. O levantamento foi realizado com base na Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física, elaborada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Esse resultado mostra como a recuperação gradual da atividade econômica registrada em 2017 acabou sendo frustrada em 2018. Além disso, segundo o IEDI, a desaceleração no ano passado entre os segmentos analisados foi bastante disseminada. Dos 93 subsetores industriais objeto da pesquisa, 37 registraram uma crise de moderada a fulminante.
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Entre os segmentos que registraram os piores resultados, muitos são ligados aos fluxos de renda e à desaceleração do inteiro setor industrial brasileiro. Entretanto, um setor particularmente afetado pela crise foi o têxtil que registrou 5 dos 37 subsetores em crise. Ao contrário, entre os setores que tiveram um melhor desempenho, há vários que tinham uma base de comparação muito baixa com o ano anterior ou perfil exportador. Entre eles, fabricantes de papel e celulose, produtos de carnes, caminhões e ônibus, tratores e equipamentos agrícolas.
Além disso, parte da crise é também explicável com os efeitos negativos da greve dos caminhoneiros. A paralisação, realizada no final de maio, desorganizou a produção industrial brasileira, alterou o rumo de crescimento registrado até abril, e prejudicou consumo e investimentos.
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Essa conjuntura se reflete também nos dados da Pesquisa Industrial Mensal, divulgada pelo IBGE. No primeiro semestre de 2018 a indústria brasileira cresceu 2,3% em relação ao mesmo período de 2017. Entretanto, no segundo semestre a produção cresceu apenas de 0,1%. No final de 2018, a indústria registrou um crescimento de 1,1%.
Previsões positivas para 2019
Ao mesmo tempo, as projeções para 2019 são otimistas. O setor externo não deveria criar problemas para a indústria, enquanto o mercado interno deveria ajudar a incrementar o crescimento.
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