A 3R Petroleum (RRRP3) fará um follow on na B3 menos de seis meses após a sua estreia na bolsa de valores, que aconteceu em novembro do ano passado. Segundo o documento publicado pela companhia na noite desta quinta-feira (18), serão ofertadas de forma restrita – apenas para investidores profissionais – quase 17 milhões de ações primárias.
No final do pregão de ontem, a ação ordinária era cotada em R$ 42,54. Levando em conta esse número, a 3R Petroleum pode movimentar até R$ 720,2 milhões em sua nova emissão. Com a possibilidade de um lote adicional ser disponibilizado, que pode chegar a até 35% do total inicialmente ofertado, o montante pode saltar para R$ 972,2 milhões, considerando a mesma base.
A oferta foi aprovada pelo conselho de administração da companhia e será coordenada pelo BTG Pactual (BPAC11) e liderada pela XP Investimentos. Itaú BBA, do Credit Suisse e da Genial Investimentos também compõe o sindicato de bancos Aqueles que já são acionistas da 3R Petroleum possuem prioridade no processo de subscrição, que termina no dia 26.
O processo de bookbuilding começou já nesta sexta-feira e vai até o dia 30 de março, data em que a nova oferta deve ser precificada. As novas ações devem começar a ser negociadas na B3 no primeiro dia de abril.
Segundo a empresa, o dinheiro levantado será utilizado para aumentar o capital da sua subsidiária Candeias, que precisa realizar um pagamento de US$ 240 milhões à Petrobras (PETR4), para adquirir recursos para a aquisição de ativos em águas profundas, e concluir a compra do Polo Peroá, e para aumentar o caixa, de olho em novas oportunidades de compra.
3R Petroleum já havia mencionado follow on
No início do mês, a companhia já havia confirmado que estudava realizar um follow on e que havia contratado bancos para a oferta. No final de fevereiro, o diretor-executivo (CEO) da companhia, Ricardo Savini, afirmou que a empresa pretendia angariar mais capital para realizar novas aquisições.
Desde seu IPO, a 3R Petroleum fez uma série de compras e se tornou a principal player no processo de desinvestimento da Petrobras envolvendo campos maduros.
