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“2021 será chave para agenda de reforma fiscal no Brasil”, diz Fitch

"2021 será chave para agenda de reforma fiscal no Brasil", diz Fitch

"2021 será chave para agenda de reforma fiscal no Brasil", diz Fitch

Fitch afirmou nesta segunda-feira (1) que o grande déficit e a elevada dívida pública do Brasil são uma mostra dos “continuados desafios fiscais” do País, mesmo que o desempenho de 2020 tenha sido melhor do que o esperado. Segundo a agência, “este ano será chave para revitalizar a agenda de reforma fiscal do governo, ao impulsionar a flexibilidade orçamentária e manter a credibilidade sobre o teto de gastos”.

Na última sexta-feira (29), foi anunciado que o déficit geral do governo do Brasil mais que dobrou, para 14% do Produto Interno Bruto (PIB), de cerca de 6% em 2019, lembra a Fitch em seu relatório. A agência previa déficit de 16,4%.

A projeção é que a contração econômica do País no último ano tenha sido de mais de 4% e que a dívida geral do governo tenha avançado a 89,3% do PIB em 2020, de 74,3% em 2019, “bem acima da mediana da categoria BB” de rating.

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Além disso, a Fitch prevê crescimento menor em 2021 e 2022 do déficit, com redução no déficit primário e crescimento da economia. Em 2021, o déficit primário deve recuar a cerca de 3,1% do PIB, estima.

A agência diz acreditar que o governo irá respeitar o teto de gastos neste ano. Mas sustenta que qualquer pressão política para elevar gastos sociais permanentes pode tornar essa tarefa difícil.

Fitch afirma o Brasil em ‘BB-‘ com perspectiva negativa

A agência de classificação de riscos, Fitch Ratings, afirmou o Rating de Inadimplência do Emissor (IDR) de Longo Prazo em Moeda Estrangeira do Brasil em ‘BB-‘,  com perspectiva negativa.

Destacando os principais motivos da classificação, a Fitch afirma que os “ratings do Brasil são sustentados por sua economia grande e diversificada, alta renda per capita em relação aos pares e capacidade de absorver choques externos sustentada por sua taxa de câmbio flexível, desequilíbrios externos moderados, reservas internacionais robustas e profundo mercado interno de dívida do governo”.

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No entanto, o documento completa dizendo que “isso é contrabalançado pelo alto e crescente endividamento governamental do Brasil, uma estrutura fiscal rígida, fraco potencial de crescimento econômico e um cenário político difícil que impede o progresso oportuno nas reformas fiscais e econômicas”.

Em relação ao outlook negativo, a Fitch salienta que reflete a a severa deterioração do déficit fiscal do Brasil, bem como da carga da dívida pública durante este ano e a incerteza persistente em  relação às perspectivas de consolidação fiscal, ” incluindo a sustentabilidade do teto de gastos de 2016 (a principal âncora da política fiscal) dadas as contínuas pressões sobre os gastos”.

Com informações do Estadão Conteúdo

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