De acordo com a lista de bilionários de 2024 da revista Forbes, divulgada em abril, há atualmente 2.781 bilionários no mundo todo – juntos, eles têm uma fortuna combinada recorde de US$14,2 trilhões. Ainda segundo a revista, quase um quarto desses bilionários, com patrimônio combinado de US$ 3 trilhões, vive em somente dez cidades, que ficam em seis países.
Nova York, nos Estados Unidos, aparece em primeiro no ranking das cidades que têm mais bilionários, com um número estimado de 110 moradores com fortunas de pelo menos 10 dígitos (US$ 1 bilhão). A revista destaca que a cidade americana dominou o ranking nos últimos 11 anos, sendo primeiro lugar em todos esses anos, exceto em 2021, quando Pequim assumiu a liderança brevemente.
Os 110 bilionários que vivem em Nova York têm um patrimônio combinado de US$ 694 bilhões. Na cidade, há 62 bilionários de Wall Street e outros magnatas das finanças e dos investimentos, 14 magnatas do setor imobiliário e uma dúzia de magnatas da moda e do varejo.
Hong Kong, território autônomo da China, e Moscou, na Rússia, empatam no segundo lugar, com 74 bilionários cada. Mumbai, na Índia, ficou em quarto, e Pequim, na China, fecha o top cinco.
Dos 2.781 bilionários, a Forbes não conseguiu determinar as residências principais de 59.
Veja abaixo o ranking das 10 cidades com mais bilionários em 2024
1. Nova York (Estados Unidos)
Total de bilionários: 110
Comparação com ano passado: +9
Patrimônio líquido total: US$ 694 bilhões
Residente mais rico: Michael Bloomberg (US$106 bilhões)
2. Moscou (Rússia) – Empatado com Hong Kong
Total de bilionários: 74
Comparação com ano passado: +12
Patrimônio líquido total: US$ 378 bilhões
Residente mais rico: Vagit Alekperov (US$ 28,6 bilhões)
2. Hong Kong – Empatado com Moscou
Total de bilionários: 74
Comparação com ano passado: +4
Patrimônio líquido total: US$ 326 bilhões
Residente mais rico: Li Ka-shing (US$ 37,3 bilhões)
4. Mumbai (Índia)
Total de bilionários: 69
Comparação com ano passado: +13
Patrimônio líquido total: US$ 379 bilhões
Residente mais rico: Mukesh Ambani (US$ 116 bilhões)
5. Pequim (China)
Total de bilionários: 63
Comparação com ano passado: Sem alteração
Patrimônio líquido total: US$ 211 bilhões
Residente mais rico: Zhang Yiming (US$ 43,4 bilhões)
6. Londres (Reino Unido)
Total de bilionários: 62
Comparação com ano passado: -1
Patrimônio líquido total: US$ 326 bilhões
Residente mais rico: Len Blavatnik (US$ 32,1 bilhões)
7. Xangai (China)
Total de bilionários: 54
Comparação com ano passado: -11
Patrimônio líquido total: US$ 167 bilhões
Residente mais rico: Colin Huang (US$ 38,9 bilhões)
8. Los Angeles (Estados Unidos)
Total de bilionários: 53
Comparação com ano passado: +19
Patrimônio líquido total: US$ 222 bilhões
Residente mais rico: John Tu (US$ 13,6 bilhões)
9. Cingapura
Total de bilionários: 52
Comparação com ano passado: +6
Patrimônio líquido total: US$ 156 bilhões
Residente mais rico: Eduardo Saverin (US$ 28 bilhões)
10. São Francisco (Estados Unidos)
Total de bilionários: 50
Comparação com ano passado: +13
Patrimônio líquido total: US$ 185 bilhões
Residente mais rico: Dustin Moskovitz (US$ 18,3 bilhões)
Como os multimilionários ganham dinheiro; gerações acumulam mais por herança do que trabalhando
Segundo o relatório da UBS, bilionários formados no último ano acumularam mais dinheiro por herança do que em negócios. O resultado aponta que a grande transferência de riqueza está ganhando tração, um resultado diferente do que o observado pelo UBS desde que começou a rastrear as fortunas dos mais ricos do mundo, há nove anos.
“O relatório deste ano descobriu que a maioria dos magnatas que acumularam riqueza no último ano o fez por herança, em oposição ao empreendedorismo. Este é um tema que esperamos ver mais nos próximos 20 anos, à medida que mais de mil bilionários passam uma estimativa de US$ 5,2 trilhões para seus filhos”, disse Benjamin Cavalli, chefe de Clientes Estratégicos na UBS Global Wealth Management.
Enquanto isso, as gerações herdeiras apresentam diferentes visões sobre o seu legado bilionário:
- 68% pretendem crescer a fortuna dos pais através de negócios, marcas e ativos;
- 60% dos herdeiros querem continuar o legado dos pais e garantir que as suas próximas gerações também possam aproveitar de sua riqueza;
- 32% planeja seguir os objetivos filantrópicos do pais.
“A nova geração de bilionários tem novas visões sobre negócios, investimentos, filantropia, redirecionar grandes reservas de riqueza privada para novas oportunidades de negócios que surgem nos tempos em que vivemos”, completou Cavalli.
Com Estadão Conteúdo