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    Tudo sobre as eleições dos EUA: Quem vota e como acontece?

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    O dia 5 de novembro se aproxima, e com isso, teremos a 60º eleição presidencial dos Estados Unidos. Esta edição das eleições dos EUA promete ser uma das mais disputadas dos últimos anos.

    De um lado, temos a Democrata, atual vice-presidente, Kamala Harris e do outro, o Republicano e ex-presidente, Donald Trump.

    Mas você sabe como funcionam as eleições nos Estados Unidos? Confira a seguir, tudo sobre as eleições norte-americanas e descubra, quem vota e como acontece o processo eleitoral.

    Como acontecem as eleições nos Estados Unidos?

    <strong>Como acontecem as eleições nos Estados Unidos?</strong>

    Para chegar até o dia das eleições, existe um processo longo onde os partidos se preparam para lançar seus candidatos e levantar fundos, com os seus apoiadores.

    Portanto, aproximadamente, dois anos antes das eleições, os partidos fazem pesquisas com eleitores e eventuais apoiadores, para definir quais são os melhores candidatos para a disputa presidencial.

    Inclusive, comparado as eleições brasileiras, existe uma grande diferença aqui, uma vez que nos Estados Unidos os eleitores participam das prévias, coisa que não ocorre no Brasil. Por aqui, os partidos definem os candidatos internamente.

    Então, nas prévias dos Estados Unidos, os eleitores vão decidir, qual candidato vai participar das eleições presidenciais, representando o seu partido.

    Sendo assim, as prévias norte-americanas são conhecidas como primárias ou caucus.

      Primárias e Caucus

      Desse modo, em cada estado, existem diferentes formas de votação. Em alguns, existem as primárias, onde a votação é secreta. Assim, os eleitores inserem as cédulas em uma urna, votando no candidato de preferência. Já no caucus, há uma votação pública, funcionando como uma espécie de assembleia.

      Destacando que as eleições nos Estados Unidos, está praticamente concentrada na disputa entre dois partidos, os Democratas e os Republicanos.

      Apesar de ter mais partidos, são os Democratas e Republicanos que acabam concentrando as atenções do público e de todo processo eleitoral.

      Todos os eleitores podem praticar as prévias?

      Em alguns estados, temos as prévias abertas, onde todos os eleitores poderão participar.

      Enquanto em outros estados, existe as prévias fechadas, assim, a participação é mais limitada, sendo liberado a votação somente para os membros do partido, por exemplo.

      Como funciona o voto indireto?

      <strong>Como funciona o voto indireto?</strong>

      Ao invés de votar diretamente em um candidato, como acontece no Brasil, os eleitores norte-americanos vão votar indiretamente no candidato.

      Nesse sentido, eles vão votar no candidato à presidência, porém, serão os delegados do estado que vão representar a vontade dos eleitores e votar no candidato à presidência.

      Ou seja, se em um estado o candidato A, foi aquele mais votado, os delegados desse estado, irão votar no candidato escolhido.

      Contudo, há dois estados nos Estados Unidos que fazem a votação dos delegados, de forma proporcional. Eles são o Nebraska e o Maine.

      Portanto, nesses dois estados, o voto dos delegados é proporcional ao resultado da votação dos eleitores.

      Assim, o restante dos outros 48 estados norte-americanos, todos, são “winner take all”, ou seja, o vencedor, leva todos os delegados. Por isso, existem estados que são extremamente relevantes nas eleições, uma vez que eles concentram muitos delegados e podem fazer a diferença no pleito.

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      Os “swings states”

      <strong>Os “swings states”</strong>

      Como cada estado possui uma quantidade diferente de delegados, existem alguns estados que são conhecidos como “swings states”.

      Ou seja, são regiões que mudam a intenção de voto de tempos em tempos. Por exemplo, o estado “X” teve maioria Republicana neste pleito, mas na eleição seguinte, dá preferência aos Democratas.

      Além dessa peculiaridade, esses estados também possuem quantidade de delegados relevantes, fato que pode mudar totalmente a corrida à Casa Branca.

      Dentro desses “estados-pêndulos”, temos: Florida, Georgia, Pensilvânia, Michigan, Wisconsin, Arizona e Carolina do Norte.

      Normalmente, são esses estados, aqueles que podem definir o rumo das eleições presidenciais.

      E considerando a disputa acirrada deste ano, os estados-pêndulos, possivelmente farão a diferença.

      Qual é a função do Colégio Eleitoral?

      <strong>Qual é a função do Colégio Eleitoral?</strong>

      Os delegados de cada estado, fazem parte do colégio eleitoral. Desse modo, nos Estados Unidos, o colégio eleitoral possui um total de 538 delegados, sendo que o futuro presidente terá que conquistar, ao menos 270 votos, que nada mais do que a metade mais um voto.

      Como mencionado, cada estado possui seus próprios delegados, nesse sentido, a quantidade de delegados por estado, pode variar, conforme a quantidade de senadores e deputados que o estado possui no congresso americano.

      Portanto, haverá estados muito mais relevantes do que outros, para a disputa eleitoral. Como por exemplo, a Califórnia, Texas, Miami, Pensilvânia e Illinois. Juntos esses estados, possuem 30% dos delegados do colégio eleitoral norte americano. 

      Quando surgiu o Colégio Eleitoral?

      <strong>Quando surgiu o Colégio Eleitoral?</strong>

      A estrutura do Colégio Eleitoral, junto dos delegados, surgiu simultaneamente com a constituição norte-americana, em 1787.

      Na época, existiam alguns estados que tinham certa autonomia, e eles não queriam perder tal poder, para o legislativo federal.

      Além disso, a grande extensão territorial dos Estados Unidos, com diversos fusos, também contribuiu para a implementação do Colégio Eleitoral e dos delegados.

      Assim, se as eleições fossem através do voto direto, haveria sérios problemas relacionados a logística dos votos.

      Se o sistema fosse diferente, haveria outros resultados

      <strong>Se o sistema fosse diferente, haveria outros resultados</strong>

      Observando as últimas eleições nos Estados Unidos, houve alguns casos que os candidatos mais votados, não conseguiram se eleger.

      Na campanha presidencial de 2000, o candidato Democrata Al Gore obteve, aproximadamente, meio milhão de votos a mais do que o seu rival, George W.Bush. Contudo, foi o Republicano Bush que conseguiu vencer, obtendo 271 delegados.

      Nesse sentido, em 2016, Hillary Clinton, candidata Democrata, teve quase 3 milhões de votos a mais do que Donald Trump. O Republicano acabou sendo vitorioso no pleito, já que assegurou 304 delegados.

      Portanto, se as eleições fossem disputadas no Brasil, por exemplo, os resultados teriam sido diferentes. 

      Tiago Reis
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